Safety of Endoscopy Units during the COVID-19 Pandemic

GE Port J Gastroenterol. 2022 Aug 19;30(Suppl 2):4-10. doi: 10.1159/000526125. eCollection 2023 Nov.

Abstract

Introduction: The COVID-19 pandemic drastically changed the daily routine of all healthcare systems worldwide, and endoscopy units were no exception. Endoscopic exams were considered to have a high risk of transmission, and therefore, the safety of endoscopy units and the consequent need for pre-endoscopy SARS-CoV-2 screening were questioned early on. The aim of our study was to assess the safety of endoscopy units during the COVID-19 pandemic, as well as the effectiveness/necessity for SARS-CoV-2 screening prior to endoscopies.

Material and methods: This is a retrospective and single-center study carried out in a Portuguese tertiary hospital. All patients who underwent endoscopic procedures between September 1, 2020 and February 28, 2021 were included. The pre-endoscopy screening consisted of a specific questionnaire or a RT-PCR test for SARS-CoV-2 (nasal and oropharyngeal swab). Data were obtained through patient's clinical records and the Trace COVID platform.

Results: A total of 2,166 patients were included. Patients had a mean age of 61.8 years and were predominantly male (56.2%, n = 1,218). Eighty-one (3.7%) patients had previous SARS-CoV-2 infection, with a median difference of 74 days (IQ 40.5:160.5) between infection and endoscopy. Most patients (70.2%, n = 1,521) underwent PCR screening for SARS-CoV-2 up to 72 h before the procedure, with the remaining patients (29.8%, n = 645) answering a questionnaire of symptoms and risk contacts up to 3 days before endoscopy. Of the patients who underwent RT-PCR screening for SARS-CoV-2, 21 (1.4%) tested positive, and all were asymptomatic at the time of the screening. The evaluation for SARS-CoV-2 infection up to 14 days after the endoscopic exams identified 9 positive patients (0.42%) for SARS-CoV-2. The median difference in days between endoscopy and the diagnosis of infection was 10 days.

Discussion/conclusion: Pre-endoscopy screening with RT-PCR test for SARS-CoV-2 identified a very small number of patients with COVID-19 infection as well as patients with COVID-19 infection in the following 14 days. Therefore, the risk of infection in endoscopy units is negligible if screening of symptoms and risk contacts is applied and individual protective equipment is used.

Introdução: A pandemia COVID-19 mudou drasticamente o dia-a-dia de todos os sistemas de saúde a nível mundial e as unidades de endoscopia não foram exceção. Os exames endoscópicos foram considerados exames com alto risco de transmissão pelo que desde cedo se questionou a segurança das unidades de endoscopia e a consequente necessidade de rastreio SARS-CoV-2 pré-endoscopia. O objetivo do estudo foi avaliar a segurança das unidades de endoscopia durante a pandemia por COVID-19 bem como a eficácia/necessidade de rastreio SARS-CoV-2 prévio aos exames endoscópicos.

Material e métodos: Foi desenvolvido um estudo retrospetivo e unicêntrico, no qual todos os doentes submetidos a exames endoscópicos entre 1 de setembro de 2020 e 28 de fevereiro de 2021 foram incluídos. Como estratégia de rastreio pré endoscopia foram aplicados questionários específicos de sintomas e contactos de risco, ou teste PCR de SARS-CoV-2 (zaragatoa nasal e orofaríngea). Os dados clínicos foram obtidos através do processo clínico do doente e da plataforma Trace COVID-19.

Resultados: Foram incluídos um total de 2,166 doentes submetidos a exames endoscópicos durante o período de estudo. Os doentes incluídos apresentaram uma média de idades de 61.8 anos e eram maioritariamente do sexo masculino (56.2%, n = 1,218). 3.7% (n = 81) dos doentes já tinha tido infeção por COVID-19 no passado, sendo a mediana da diferença de dias entre a infeção e a data do exame de 74 dias. A maioria dos doentes (70.2%, n = 1,521) foi submetido a rastreio por PCR de SARS-CoV-2 até 72 horas antes do procedimento, sendo os restantes doentes (29.8%, n = 645) submetidos a um questionário de sintomas e contactos de risco realizado até 3 dias antes do procedimento. Dos doentes que realizaram rastreio por PCR de SARS-CoV-2, 21 (1.4%) apresentaram teste positivo, estando todos assintomáticos à data do teste. Aquando da verificação de infeção por SARS-CoV-2 até 14 dias após a realização dos exames endoscópicos apurou-se que apenas 9 doentes (0.42%) testaram positivo para SARS-CoV-2, sendo a mediana da diferença de dias entre a data do exame e o diagnóstico de infeção de 10 dias.

Discussão/conclusão: O rastreio pré-endoscopia com teste PCR de SARS-CoV-2 identificou um número reduzido de doentes infetados com COVID-19 e o número de doentes com infeção por COVID-19, nos 14 dias seguintes aos exames endoscópicos, foi muito baixo. Assim, se aplicado o rastreio de sintomas e contactos de risco, usados os equipamentos de proteção individual adequados, o risco de infeção nas unidades de endoscopia torna-se negligenciável.

Keywords: COVID-19; Endoscopy; SARS-CoV-2 screening.

Grants and funding

None.