FAILURE TO RESCUE AFTER GASTRECTOMY: A NEW INDICATOR OF SURGICAL QUALITY

Arq Bras Cir Dig. 2023 Nov 13:36:e1774. doi: 10.1590/0102-672020230056e1774. eCollection 2023.

Abstract

Background: The main treatment modality for gastric cancer is surgical resection with lymphadenectomy. Despite advances in perioperative care, major surgical complications can occur in up to 20% of cases. To determine the quality of surgical care employed, a new indicator called failure to rescue (FTR) was proposed, which assesses the percentage of patients who die after complications occur.

Aims: To assess the rate of FTR after gastrectomy and factors associated with its occurrence.

Methods: Patients with gastric cancer who underwent gastrectomy with curative intent were retrospectively evaluated. According to the occurrence of postoperative complications, patients were divided into FTR group (grade V complications) and rescued group (grade III/IV complications).

Results: Among the 731 patients, 114 had major complications. Of these patients, 76 (66.7%) were successfully treated for the complication (rescued group), while 38 (33.3%) died (FTR group). Patients in the FTR group were older (p=0.008; p<0.05), had lower levels of hemoglobin (p=0.021; p<0.05) and albumin (p=0.002; p<0.05), and a higher frequency of ASA III/IV (p=0.033; p<0.05). There were no differences between the groups regarding surgical and pathological characteristics. Clinical complications had a higher mortality rate (40.0% vs 30.4%), with pulmonary complications (50.2%) and infections (46.2%) being the most lethal. Patients with major complications grade III/IV had worse survival than those without complications.

Conclusions: The FTR rate was 33.3%. Advanced age, worse performance, and nutritional parameters were associated with FTR.

RACIONAL:: A principal modalidade de tratamento do câncer gástrico (CG) é a ressecção cirúrgica associada a linfadenectomia. Apesar dos avanços no cuidado peri-operatório, as complicações cirúrgicas maiores podem ocorrer em até 20% dos casos. Para determinar a qualidade do atendimento cirúrgico empregado, foi proposto um novo indicador denominado failure to rescue (FTR), que avalia a porcentagem dos pacientes que vão a óbito após a ocorrência de complicações.

OBJETIVOS:: Avaliar a taxa de FTR após gastrectomia e fatores associados com a sua ocorrência.

MÉTODOS:: Foram avaliados retrospectivamente os pacientes com CG submetidos à gastrectomia com intenção curativa. De acordo com a ocorrência de complicações pós-operatórias, os pacientes foram divididos em grupo FTR (complicação grau V) e grupo resgatado (complicações grau 3-4).

RESULTADOS:: Entre os 731 pacientes, 114 tiveram maiores complicações. Desses pacientes, 76 casos (66,7%) obtiveram sucesso no tratamento da complicação (grupo resgatados), enquanto 38 casos (33,3%) foram a óbito (grupo FTR). Os pacientes do grupo FTR apresentaram idade mais avançada (p=0,008, p<0,05), menores níveis de hemoglobina (p=0,021, p<0,05) e de albumina (p=0,002, p<0,05), e maior frequência de ASA III/IV (p=0,033, p<0,05). Não houve diferença entre os grupos quanto às características cirúrgicas e patológicas. As complicações clínicas apresentaram maior taxa de mortalidade (40.0% vs 30,4%), sendo complicações pulmonares (50,2%) e infecções (46,2%) as mais letais. Pacientes com complicações maiores grau III-IV tiveram pior sobrevida comparado aqueles sem complicações.

CONCLUSÕES:: A taxa de FTR foi de 33,3%. Idade avançada, pior performance, e parâmetros nutricionais associam-se ao FTR.

MeSH terms

  • Gastrectomy / adverse effects
  • Hospital Mortality
  • Humans
  • Postoperative Complications / etiology
  • Retrospective Studies
  • Risk Factors
  • Stomach Neoplasms* / surgery