Do childhood depressive symptoms interfere with intelligence in adulthood?

Rev Saude Publica. 2023 Oct 20:57:64. doi: 10.11606/s1518-8787.2023057004918. eCollection 2023.
[Article in English, Portuguese]

Abstract

Objective: To investigate the effects of depressive symptoms in childhood on the intellectual development of young adults.

Methods: Study conducted with a birth cohort of São Luís, Maranhão, Brazil, composed of 339 participants evaluated between 7 and 9 years and between 18 and 19 years. Structural equation modeling (young adult education, sex, race/color) and childhood variables (nutritional status, depressive symptoms, cognitive function, head of household's and mother's education, family income) were used. In addition, head of household's occupation, mother's age, and presence of partner were tested as determinants of adults' intelligence quotient (IQ).

Results: Presence of depressive symptoms in childhood triggered a reduction of 0.342 in standard deviation (SD) and -3.83 points in the average IQ of adults (p-value < 0.001). Cognitive function in childhood had a total and direct positive effect (standardized coefficient [SC] = 0.701; p-value < 0.001) on IQ, increasing 7.84 points with each increase in level. A positive indirect effect of child nutritional status (SC = 0.194; p-value = 0.045), head of household's (SC = 0.162; p-value = 0.036), and mother's education was identified, the latter mediated by cognitive function in childhood (SC = 0.215; p-value = 0.012) on the IQ of young people.

Conclusion: Presence of depressive symptoms in childhood triggered a long-term negative effect on intelligence, reducing the IQ score in adulthood.

OBJETIVO: Investigar os efeitos dos sintomas depressivos na infância no desenvolvimento intelectual do adulto jovem.

MÉTODOS: Estudo realizado com uma coorte de nascimentos de São Luís, Maranhão, Brasil, composta por 339 participantes avaliados entre 7 e 9 anos e entre 18 e 19 anos. Utilizou-se modelagem de equações estruturais (escolaridade do adulto jovem, sexo, raça/cor) e variáveis da infância (estado nutricional, sintomas depressivos, função cognitiva, escolaridade do chefe da família e da mãe, renda familiar). Além disso, ocupação do chefe da família, idade da mãe e presença de companheiro foram testadas como determinantes do quociente de inteligência (QI) dos adultos.

RESULTADOS: A presença de sintomas depressivos na infância gerou redução de 0,342 no desvio-padrão (DP) e -3,83 pontos no QI médio dos adultos (valor de p < 0,001). A função cognitiva na infância apresentou efeito total e direto positivo (coeficiente padronizado [CP] = 0,701; valor de p < 0,001) sobre o QI, elevando 7,84 pontos a cada aumento do nível. Identificou-se efeito indireto positivo do estado nutricional infantil (CP = 0,194; valor de p = 0,045), escolaridade do chefe da família (CP = 0,162; valor de p = 0,036) e da mãe da criança, este último mediado pela função cognitiva na infância (CP = 0,215; valor de p = 0,012) sobre o QI dos jovens.

CONCLUSÃO: A presença de sintomas depressivos na infância gerou efeito negativo de longo prazo sobre a inteligência, reduzindo a pontuação do QI na idade adulta.

MeSH terms

  • Adolescent
  • Brazil / epidemiology
  • Child
  • Depression* / epidemiology
  • Educational Status
  • Female
  • Humans
  • Income
  • Intelligence*
  • Male
  • Young Adult

Grants and funding

Funding: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq - process 400943/2013-1; grant 520664/98-1). Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp - grants 93/0525-0; 97/09517-1; 00/0908-7).