[Asylum seekers' self-reported health conditions in Rio de Janeiro, Brazil, from 2010 to 2017]

Cad Saude Publica. 2023 Sep 18;39(8):e00068623. doi: 10.1590/0102-311XPT068623. eCollection 2023.
[Article in Portuguese]

Abstract

From 2011 to 2022, 348,067 people applied for a refugee status in Brazil. The reasons that resulted in their migration, the risks during their journey, and the cultural transition upon arrival may be associated with different health problems. This study aimed to analyze the self-reported health conditions of asylum seekers in the municipality of Rio de Janeiro from 2010 to 2017. This is a cross-sectional study with secondary data. Data were collected from asylum application forms at the Brazilian National Committee for Refugees (Conare) from 2010 to 2017 and from social interviews in the Archdiocesan Caritas of Rio de Janeiro (Cáritas/RJ). The prevalence rates of health conditions, their respective 95% confidence intervals (95%CI) and odds ratio (OR) were calculated in a simple logistic regression model according to sociodemographic and migration variables. This study included 1,509 individuals. Upon arrival in Brazil, 620 (41%) reported having one or more health conditions. The chances of showing health problems were higher in people from the Congo (OR = 18.7) and the Democratic Republic of the Congo (OR = 9.5), in undocumented individuals (OR = 4.4), women (OR = 2.1), in people with elementary education (OR = 1.9), aged ≥ 45 years (OR = 1.8), and among those who live/lived maritally (OR = 1.8 and 2.5, respectively). Of those who reported a health condition, more than half claimed experiencing pain (52%). Physical pain may be related to post-traumatic stress and other mental health distress, manifesting itself by somatic pain symptoms.

No Brasil, entre 2011 e 2022, 348.067 pessoas solicitaram o reconhecimento da condição de refugiado no país. Os motivos que resultaram na migração, os riscos durante o trajeto e a transição cultural ao chegar podem estar associados a diferentes problemas de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar as condições de saúde autorrelatadas por solicitantes de refúgio no Município do Rio de Janeiro no período de 2010 a 2017. Trata-se de um estudo transversal de dados secundários. Foram coletadas informações preenchidas nos formulários de solicitação de refúgio do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) de 2010 a 2017 e da entrevista social da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro (Cáritas/RJ). Calcularam-se as taxas de prevalência de condições de saúde e respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%) e a razão de chances (RC) e IC95% em um modelo de regressão logística simples segundo variáveis sociodemográficas e de migração. O estudo incluiu 1.509 indivíduos. Na chegada ao Brasil, 620 (41%) relataram ter uma ou mais condições de saúde. As chances de apresentar problemas de saúde foram maiores em pessoas oriundas do Congo (RC = 18,7) e República Democrática do Congo (RC = 9,5), nos indocumentados (RC = 4,4), nas mulheres (RC = 2,1), em pessoas com Ensino Fundamental (RC = 1,9), com idade ≥ 45 anos (RC = 1,8) e entre os que vivem/viveram maritalmente (RC = 1,8 e 2,5, respectivamente). Entre as pessoas que relataram alguma condição de saúde, mais da metade informaram sentir dores (52%). É possível que as dores físicas tenham relação com estresse pós-traumático e outros sofrimentos em saúde mental, que podem se manifestar por meio de sintomas de dores somáticas.

En Brasil, entre el 2011 y el 2022, 348.067 personas solicitaron el reconocimiento de la condición de refugiado en el país. Los motivos que dieron lugar a la migración, los riesgos durante el trayecto y la transición cultural al llegar pueden estar asociados a diferentes problemas de salud. Este estudio tuvo como objetivo analizar las condiciones de salud autoinformadas de los solicitantes de refugio en el municipio de Río de Janeiro en el período del 2010 al 2017. Se trata de un estudio transversal de datos secundarios. Los datos se recopilaron de los formularios de solicitud de asilo del Comité Nacional para Refugiados de Brasil (Conare) del 2010 al 2017 y de la entrevista social de Caritas Arquidiocesana de Río de Janeiro (Cáritas/RJ). Se calcularon las tasas de prevalencia de las condiciones de salud y sus respectivos intervalos de 95% de confianza (IC95%) y la razón de posibilidades (RP) y el IC95% en un modelo de regresión logística simple según variables sociodemográficas y de migración. El estudio incluyó a 1.509 sujetos. A su llegada a Brasil, 620 (41%) informaron tener una o más condiciones de salud. Las posibilidades de presentar problemas de salud fueron mayores en personas procedentes de Congo (RP = 18,7) y República Democrática del Congo (RP = 9,5), en personas indocumentadas (RP = 4,4), mujeres (RP = 2,1), en personas con educación primaria (RP = 1,9), en ≥ 45 años (RP = 1,8), y entre los que viven/han vivido en una relación estable (RP = 1,8 y 2,5, respectivamente). Entre las personas que reportaron alguna condición de salud, más de la mitad relató sentir dolores (52%). Los dolores físicos pueden estar relacionados con el estrés postraumático y otros sufrimientos en salud mental que pueden presentarse mediante síntomas de dolores somáticos.

Publication types

  • English Abstract

MeSH terms

  • Brazil / epidemiology
  • Cross-Sectional Studies
  • Female
  • Humans
  • Pain / epidemiology
  • Refugees*
  • Self Report