Physicians' quality of life, illness and presenteeism: a cross-sectional epidemiological study

Rev Bras Med Trab. 2023 Feb 3;20(3):401-411. doi: 10.47626/1679-4435-2022-743. eCollection 2022 Jul-Sep.

Abstract

Introduction: The World Health Organization defines quality of life as " an individuals' perception of their position in life, in the context of the culture and value systems in which they live and in relation to their goals, expectations, standards, and concerns." physicians, when dealing with illness and exposing themselves to the risks of their profession, must act without compromising their own health status in view of the function performed.

Objectives: To evaluate and correlate physicians' quality of life, professional illness, and presenteeism.

Methods: This is an epidemiological, cross-sectional, descriptive study with an exploratory quantitative approach. Overall, 309 physicians working in Juiz de Fora, state of Minas Gerais, Brazil were interviewed and answered a questionnaire with sociodemographic and health information and the World Health Organization Quality of Life instrument-Abbreviated version (WHOQOL-BREF).

Results: Of physicians in the sample, 57.6% fell ill during their professional activities, 35% took sickness absence, and 82.8% practiced presenteeism. The most prevalent diseases were those involving the respiratory system (29.5%), infectious or parasitic diseases (14.38%), and those involving the circulatory system (9.59%). WHOQOL-BREF scores were boas, and were influenced by sociodemographic characteristics such as sex, age, and time of professional experience. Male sex, professional experience greater than 10 years, and age above 39 years were associated with beter quality of life. Previous illness and presenteeism were negative factors.

Conclusions: The participating physicians had a good quality of life in all domains. Sex, age, and time of professional experience were relevant factors. The highest score was observed in the physical health domain, followed by psychological domain, social relationships, and environment, in a descending order.

Introdução: A Organização Mundial da Saúde define qualidade de vida como “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais ele vive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Os médicos, ao lidarem com pacientes e se exporem aos riscos da profissão, devem atuar sem comprometer seu estado de saúde frente à função desempenhada.

Objetivos: Avaliar e correlacionar a qualidade de vida, o adoecimento profissional e o presenteísmo do médico.

Métodos: Estudo epidemiológico de corte transversal, descritivo e exploratório, com características quantitativas. Foram entrevistados 309 médicos atuantes em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, submetidos a questionário com informações sociodemográficas e de condições de saúde e ao World Health Organization Quality of Life instrument-Abbreviated version (WHOQOL-BREF).

Resultados: Na amostra, 57,6% adoeceram durante a atuação profissional, 35% se afastaram do trabalho e 82,8% praticaram presenteísmo. As doenças mais prevalentes foram do sistema respiratório (29,5%), infectoparasitárias (14,38%) e do sistema circulatório (9,59%). As pontuações no WHOQOL-BREF foram boas, afetadas por características sociodemográficas como sexo, idade e tempo de atuação profissional. Sexo masculino, atuação superior a 10 anos e idade maior que 39 anos foram associados a melhor qualidade de vida. Adoecimento prévio e presenteísmo foram fatores negativos.

Conclusões: Os médicos participantes do estudo apresentaram boa qualidade de vida em todos os domínios. Sexo, idade e tempo de atuação profissional mostraram-se fatores relevantes. A melhor nota foi observada no domínio físico, com pontuações decrescentes nos domínios psicológico, social e ambiental.

Keywords: medical assistance; occupational health; physicians; presenteeism; quality of life.