Association between positive assessment of Primary Health Care, sociodemographic characteristics and comorbidities in Brazil

Rev Bras Epidemiol. 2022 Sep 2:25:e220023. doi: 10.1590/1980-549720220023.2. eCollection 2022.
[Article in Portuguese, English]

Abstract

Objective: To describe positive evaluations of Primary Health Care (PHC) in Brazil from the perspective of users and their association with sociodemographic characteristics and comorbidities.

Methods: Analysis of the 2019 National Health Survey, in which 9,562 adults responded to the Primary Care Assessment Tool (PCATool). The association between positive PHC assessment (overall score ≥6.6) and individual characteristics was tested using Prevalence Ratios (PR) calculated by Poisson Regression.

Results: Less than 40% of Brazilians rated PHC with a high score. Regarding the association of sociodemographic variables with high PHC assessment, adjusted for sex and age, the best PHC assessments were made by women [PRaj 1.10 (95%CI 1.00-1.21)]; elderly (60 years and over) [PRaj 1.27 (95%CI 1.09-1.48); people with a per capita income of 1 to 3 minimum wages (MW) PRaj 1.14 (95%CI 1.03-1.27) and ≥5 MW PRaj 1.75 (95%CI 1.39-2.21) when comparing with income up to 1 MW; residents of the South, Southeast and Midwest regions, compared to the North Region. Considering comorbidities, individuals with hypertension PRaj1,29 (95%CI 1.17-1.43); diabetes PRaj 1.21 (95%CI 1.08-1.36); heart disease PRaj 1.23 (95%CI 1.07-1.41); musculoskeletal disorders PRaj 1.36 (95%CI 1.10-1.69); lung disease PRaj 1.48 (95%CI 1.13-1.95) and obesity PRaj 1.15 (95%CI 1.03-1.28) rated PHC better when compared to normal weight people.

Conclusion: Users who evaluate PHC well are usually women, elderly, with high prevalence of chronic non-communicable diseases. A positive evaluation of PHC, in general, results from greater use of health services.

Objetivo: Descrever a avaliação positiva da atenção primária à saúde (APS) no Brasil na ótica dos usuários e sua associação com as características sociodemográficas e comorbidades.

Métodos: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, com amostra de 9.562 adultos que responderam ao primary care assessment tool (PCATool). Foi testada a associação entre avaliação positiva da APS (escore geral ≥6,6) e características individuais, sendo utilizadas as razões de prevalência (RP) calculadas por meio de regressão de Poisson.

Resultados: Menos de 40% dos brasileiros avaliaram a APS com escore alto. No que se refere à associação das variáveis sociodemográficas com a avaliação elevada da APS, ajustada por sexo e idade, encontrou-se que a melhor avaliação da APS ocorreu entre mulheres [RPaj 1,10 (intervalo de confiança de 95% — IC95% 1,00–1,21)]; idosos (60 anos ou mais) [RPaj 1,27 (IC95% 1,09–1,48)]; pessoas com renda per capita de um a três salários mínimos (SM) [RPaj 1,14 (IC95% 1,03–1,27)] e ≥5 SM [RPaj 1,75 (IC95% 1,39–2,21)] quando comparadas com renda até um SM; e moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste em relação à Região Norte. Considerando as variáveis de comorbidades, avaliaram bem a APS indivíduos com hipertensão [RPaj 1,29 (IC95% 1,17–1,43)]; diabetes [RPaj 1,21 (IC95% 1,08–1,36)]; doença cardíaca [RPaj 1,23 (IC95% 1,07–1,41)]; distúrbio osteomuscular [RPaj 1,36 (IC95% 1,10–1,69)]; doença do pulmão [RPaj 1,48 (IC95% 1,13–1,95)] e obesidade [RPaj 1,15 (IC95% 1,03–1,28)] em comparação com pessoas eutróficas.

Conclusão: Usuários que avaliaram bem a APS são mulheres, idosos, com prevalências elevadas de doenças crônicas não transmissíveis. A avaliação positiva da APS, em geral, resulta da maior utilização dos serviços de saúde.

MeSH terms

  • Adult
  • Aged
  • Brazil / epidemiology
  • Cross-Sectional Studies
  • Female
  • Health Surveys
  • Humans
  • Income*
  • Primary Health Care*