Family Satisfaction in Intensive Care during the COVID-19 Pandemic Using the FS-ICU24 Questionnaire

Acta Med Port. 2022 Dec 2;35(12):859-865. doi: 10.20344/amp.17128. Epub 2022 Jun 14.

Abstract

Introduction: The COVID-19 pandemic caused an abrupt change in the pattern of communication involving patients, family members, and healthcare professionals. This study aimed to evaluate family member satisfaction with intensive care units (ICU) care and communication strategies during the COVID-19 pandemic. Secondary objectives included identification of areas requiring improvement, and assessment of the impact of both COVID-19 diagnosis and in-person visits on overall satisfaction.

Material and methods: A prospective, observational single-center study was conducted among family members of ICU patients admitted between March and September 2020. During this period, ICU visiting policies suffered changes, ranging from full restrictions to eased limitations, which impacted ICU communication procedures and patient contact with family members. Three months after ICU discharge, the designated family members of patients were contacted and invited to fill in a questionnaire that assessed family satisfaction using a Likert response scale.

Results: There was a total of 168 family members contacted (response rate of 57.7%). Most participants were globally satisfied with the care provided by the ICU staff and, apart from communication between nurses and family members, all other questions scored a satisfaction rate above 80%. The study found a statistically significant association between satisfaction and the consistency of clinical information provided and the possibility of having visits (p = 0.046). The odds ratio of being satisfied with information consistency was found to be 0.22 times lower in family members that were able to visit the patient in the ICU during the COVID-19 pandemic [OR = 0.22 (95% CI: 0.054 - 0.896)] compared with families that were unable to presential visit their family member. No statistically significant differences were found in the satisfaction rates between COVID-19 and non-COVID-19 admissions.

Conclusion: This is one of the first studies to assess satisfaction among family members of ICU patients during COVID-19 restrictions and the first, as far as we know, performed in the Portuguese population. The overall satisfaction levels were similar to the estimates found in previous studies. A lower degree of satisfaction with information consistency was found in family members who had in-person visits, possibly related with heterogeneity of senior doctors delivering information. COVID-19 diagnosis was not associated with decreased satisfaction.

Introdução: A pandemia de COVID-19 impôs alterações no padrão de comunicação entre doentes, familiares e profissionais. Os objectivos deste estudo foram avaliar a satisfação dos familiares com os cuidados prestados pelas unidades de cuidados intensivos e as estratégias comunicacionais durante a pandemia de COVID-19. Os objectivos secundários incluíram a identificação de áreas de melhoria e a avaliação do impacto do diagnóstico de COVID-19 e das visitas presenciais na satisfação global. Material e Métodos: Estudo prospetivo, observacional e unicêntrico que avaliou os familiares de doentes em unidades de cuidados intensivos admitidos de março a setembro de 2020. Neste período, ocorreram alterações na política de visitas, que alternaram entre restrições totais e permissão de visitas restritas; estas modificações impuseram alterações na política de comunicação e no contacto dos doentes com os seus familiares. Aos três meses após alta da unidade de cuidados intensivos, o familiar de referência foi contactado para preencher um questionário que avaliou a sua satisfação através de uma escala de Likert. Resultados: Cento e sessenta e oito familiares foram contactados (taxa de resposta de 57,7%). A maioria dos participantes estava globalmente satisfeita com os cuidados prestados e a generalidade das questões apresentava uma taxa de satisfação superior a 80%. Uma associação com significado estatístico foi encontrada entre a consistência da informação clínica e a possibilidade de visitas presenciais (p = 0,046). O odds ratio de satisfação foi 0,2 vezes menor em familiares que puderam visitar o doente durante a pandemia COVID-19 [OR = 0,22 (95% CI: 0,054 – 0,896)] em comparação com familiares cuja visita presencial não foi possível. O diagnóstico de COVID-19 não apresentou impacto na satisfação dos familiares. Conclusão: Este é um dos primeiros estudos a avaliar a satisfação de familiares de doentes internados em unidades de cuidados intensivos durante a pandemia de COVID-19 e é, tanto quanto é do nosso conhecimento, o primeiro realizado numa população portuguesa. A satisfação global é semelhante a estudos prévios publicados. O menor grau de satisfação com a consistência da informação em familiares que fizeram visitas aos doentes pode estar relacionado com heterogeneidade no estilo de comunicação entre os médicos seniores da unidade de cuidados intensivos. O diagnóstico de COVID-19 não esteve associado a uma redução na satisfação global dos familiares.

Keywords: COVID-19; Communication; Intensive Care Units; Patient Satisfaction; Portugal; Quality of Health Care; Surveys and Questionnaires.

MeSH terms

  • COVID-19* / epidemiology
  • Critical Care
  • Family
  • Humans
  • Intensive Care Units
  • Pandemics
  • Personal Satisfaction*
  • Prospective Studies
  • Surveys and Questionnaires