Hormone therapy and Hypertension in Postmenopausal Women: Results from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil)

Arq Bras Cardiol. 2022 May;118(5):905-913. doi: 10.36660/abc.20210218.
[Article in English, Portuguese]

Abstract

Background: Hypertension is a major risk factor for cardiovascular morbidity and mortality in post-menopausal women. Although menopausal hormone therapy (MHT) is a very effective treatment for vasomotor symptoms during this period, the influence of this therapy on blood pressure is not yet clear.

Objective: To evaluate the relationship between the use of MHT and hypertension in participants of the ELSA-Brasil.

Methods: A cross-sectional study using the baseline ELSA-Brasil data in a cohort of 2,138 women who had experienced natural menopause. This study analyzed hypertension, defined as arterial pressure ≥140/90 mmHg or previous antihypertensive use, and use of MHT, with participants being classified into never, past, and current users. Associations were assessed using an adjusted logistic regression model, with statistical significance set at p<0.05.

Results: Overall, 1,492 women (69.8%) had never used MHT, 457 (21.4%) had used it in the past, and 189 (8.8%) were current users. The use of MHT was more common in women who had a body mass index (BMI) <25 kg/m2and triglyceride levels <150 mg/dl, and who were physically less inactive, non-smokers, and non-diabetics. Current MHT users were less likely to have hypertension (OR=0.59; 95% CI: 0.41-0.85) compared to those who had never used MHT. In most cases, MHT was started at or before 59 years of age, within 10 years of becoming menopausal, and its use lasted for up to five years.

Conclusion: Current MHT use was not related to hypertension, particularly in healthy women and in those under 60 years of age.

Fundamento: A hipertensão arterial é considerada um importante fator de risco de morbidade e mortalidade cardiovascular em mulheres na pós-menopausa. Embora a terapia hormonal da menopausa (THM) seja um tratamento muito eficiente para sintomas vasomotores nesse período, a influência dessa terapia na pressão arterial ainda não está clara.

Objetivo: Avaliar a relação entre o uso de THM e a hipertensão em participantes do ELSA-Brasil.

Métodos: Um estudo transversal usando dados da linha de base da coorte ELSA-Brasil, com 2.138 mulheres que passaram por menopausa natural. Neste estudo, foi analisado a hipertensão, definida como pressão arterial ≥140/90 mmHg ou uso anterior de anti-hipertensivo, e o uso da THM, com participantes sendo classificadas em grupos daquelas que nunca usaram, que já usaram e que estavam em uso atual. As associações foram avaliadas usando-se um modelo de regressão logística multivariada com uma significância estatística definida em p<0,05.

Resultados: No total, 1.492 mulheres (69,8%) nunca tinham usado a THM, 457 (21,4%) tinham usado no passado, e 189 (8,8%) estavam em uso atual. O uso de THM foi mais comum em mulheres que tinham índice de massa corporal <25 kg/m2 e níveis de triglicérides <150 mg/dl, que eram fisicamente menos inativas, não fumantes e não diabéticas. As mulheres em uso atual da THM apresentaram menores chances de ter hipertensão (OR=0,59; IC 95%: 0,41-0,85), em comparação com as que nunca a usaram. Na maioria dos casos, a THM foi iniciada com idade até 59 anos, com menos de 10 anos de menopausa e o uso durou até cinco anos.

Conclusão: O uso atual da THM não esteve relacionado à hipertensão, especialmente em mulheres saudáveis e que tinham menos de 60 anos de idade.

MeSH terms

  • Adult
  • Brazil / epidemiology
  • Child
  • Cross-Sectional Studies
  • Estrogen Replacement Therapy / adverse effects
  • Female
  • Hormone Replacement Therapy / methods
  • Hormones
  • Humans
  • Hypertension* / drug therapy
  • Longitudinal Studies
  • Menopause
  • Postmenopause*

Substances

  • Hormones

Grants and funding

Fontes de financiamento: O presente estudo foi financiado por Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde do Brasil, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil (recursos financeiros para estudos e projetos) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq 01 06 0010.00 RS, 01 06 0212.00 BA, 01 06 0300.00 ES, 01 06 0278.00 MG, 01 06 0115.00 SP, e 01 06 0071.00 RJ. Este estudo foi financiado parcialmente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código Financeiro 001.