Universal Definition of Myocardial Infarction 99th Percentile versus Diagnostic Cut-off Value of Troponin I for Acute Coronary Syndromes

Arq Bras Cardiol. 2022 May 9;118(6):1006-1015. doi: 10.36660/abc.20210191. Online ahead of print.
[Article in Portuguese, English]

Abstract

Background: Contemporary diagnosis of ACS and risk stratification are essential for appropriate management and reduction of mortality and recurrent ischemic events, in the acute phase of disease and after hospitalization. The Universal Definition of Myocardial Infarction recommends the detection of troponin levels above the 99th percentile.

Objectives: To evaluate the occurrence of early death and acute myocardial infarction (AMI) in patients without elevation of troponin (<0.034 ng/mL), patients with mild elevation (above the 99th percentile [>0.034 ng/mL and <0.12 ng/mL)], and patients with significant elevation of troponin (above the diagnostic cutoff for AMI defined by the troponin kit (≥0.12 ng/mL)]; and to analyze the impact of troponin on the indication for invasive strategy and myocardial revascularization.

Methods: Cross-sectional cohort study of patients with ACS with assessment of peak troponin I, risk score, prospective analysis of 30-day clinical outcomes and two-sided statistical tests, with statistical significance set at p<0.05.

Results: A total of 494 patients with ACS were evaluated. Troponin > 99th percentile and below the cutoff point, as well as values above the cutoff, were associated with higher incidence of composite endpoint (p<0.01) and higher rates of percutaneous or surgical revascularization procedures (p<0.01), without significative difference in 30-day mortality.

Conclusions: Troponin levels above the 99th percentile defined by the universal definition of AMI play a prognostic role and add useful information to the clinical diagnosis and risk scores by identifying those patients who would most benefit from invasive risk stratification and coronary revascularization procedures.

Fundamento: O diagnóstico de síndrome coronária aguda (SCA) e a estratificação de risco contemporâneos são fundamentais para o manejo apropriado e redução da mortalidade e eventos isquêmicos recorrentes, tanto na fase aguda quanto após hospitalização. A Definição Universal de Infarto do Miocárdio recomenda a detecção de curva de troponina acima do limite superior do percentil 99.

Objetivos: Avaliar a ocorrência de óbito e infarto agudo do miocárdio (IAM) na fase precoce em pacientes sem elevação de troponina (<0,034 ng/mL), pacientes com mínima elevação [acima do percentil 99 (>0,034 ng/mL e <0,12 ng/mL)], e pacientes com maiores elevações [acima do ponto de corte para IAM pelo kit utilizado (≥0,12 ng/mL)]; e avaliar o impacto dos níveis de troponina na indicação de estratégia invasiva e revascularização miocárdica.

Métodos: Estudo de corte transversal de pacientes com SCA com avaliação do pico da troponina I, escores de risco, análise prospectiva de desfechos clínicos até 30 dias e testes bilaterais de significância, com nível de significância adotado sendo < 0,05.

Resultados: Foram avaliados 494 pacientes com SCA. Troponina > percentil 99 e abaixo do ponto de corte, assim como valores maiores (acima do ponto de corte), foram associados à maior incidência do desfecho composto (p<0,01) e de revascularização percutânea ou cirúrgica (p<0,01), sem diferença significante em mortalidade até 30 dias.

Conclusões: Valores de troponina elevados acima do percentil 99 pela Definição Universal de IAM apresentam papel prognóstico e agregam informação útil ao diagnóstico clínico e escores de risco na identificação de pacientes com maior probabilidade de benefício com estratificação invasiva e procedimentos de revascularização coronária.