Racial Differences in Blood Pressure Control from Users of Antihypertensive Monotherapy: Results from the ELSA-Brasil Study

Arq Bras Cardiol. 2022 Mar;118(3):614-622. doi: 10.36660/abc.20201180.
[Article in English, Portuguese]

Abstract

Background: It seems that the worst response to some classes of antihypertensive drugs, especially angiotensin-converting enzyme inhibitors and angiotensin receptor blockers, on the part of the Black population, would at least partially explain the worse control of hypertension among these individuals. However, most of the evidence comes from American studies.

Objectives: This study aims to investigate the association between self-reported race/skin color and BP control in participants of the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), using different classes of antihypertensive drugs in monotherapy.

Methods: The study involved a cross-sectional analysis, carried out with participants from the baseline of ELSA-Brasil. Blood pressure control was the response variable, participants with BP values ≥140/90 mmHg were considered out of control in relation to blood pressure levels. Race/skin color was self-reported (White, Brown, Black). All participants were asked about the continuous use of medication. Association between BP control and race/skin color was estimated through logistic regression. The level of significance adopted in this study was of 5%.

Results: Of the total of 1,795 users of antihypertensive drugs in monotherapy at baseline, 55.5% declared themselves White, 27.9% Brown, and 16.7% Black. Even after adjusting for confounding variables, Blacks using angiotensin converting enzyme inhibitors (ACEI), angiotensin receptor blocker (ARB), thiazide diuretics (thiazide DIU), and beta-blockers (BB) in monotherapy had worse blood pressure control compared to Whites.

Conclusions: Our results suggest that in this sample of Brazilian adults using antihypertensive drugs in monotherapy, the differences in blood pressure control between different racial groups are not explained by the possible lower effectiveness of ACEIs and ARBs in Black individuals.

Fundamento: Aparentemente, a pior resposta a algumas classes de anti-hipertensivos, especialmente inibidores da enzima conversora da angiotensina e bloqueadores de receptor de angiotensina, pela população negra, explicaria, pelo menos parcialmente, o pior controle da hipertensão entre esses indivíduos. Entretanto, a maioria das evidências vêm de estudos norte-americanos.

Objetivos: Este estudo tem o objetivo de investigar a associação entre raça/cor da pele autorrelatadas e controle de PA em participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) utilizando várias classes de anti-hipertensivos em monoterapia.

Métodos: O estudo envolveu uma análise transversal, realizada com participantes da linha de base do ELSA-Brasil. O controle de pressão arterial foi a variável de resposta, participantes com valores de PA ≥140/90 mmHg foram considerados descontrolados em relação aos níveis de pressão arterial. A raça/cor da pele foi autorrelatada (branco, pardo, negro). Todos os participantes tiveram que responder perguntas sobre uso contínuo de medicamentos. A associação entre o controle de PA e raça/cor da pele foi estimada por regressão logística. O nível de significância adotado nesse estudo foi de 5%.

Resultados: Do total de 1.795 usuários de anti-hipertensivos em monoterapia na linha de base, 55,5% se declararam brancos, 27,9%, pardos e 16,7%, negros. Mesmo depois de padronizar em relação a variáveis de confusão, negros em uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores de receptor de angiotensina (BRA), diuréticos tiazídicos (DIU tiazídicos) e betabloqueadores (BB) in monoterapia tinham controle de pressão arterial pior em comparação a brancos.

Conclusões: Os resultados deste estudo sugerem que, nesta amostra de brasileiros adultos utilizando anti-hipertensivos em monoterapia, as diferenças de controle de pressão arterial entre os vários grupos raciais não são explicadas pela possível eficácia mais baixa dos IECA e BRA em indivíduos negros.

MeSH terms

  • Adult
  • Angiotensin Receptor Antagonists / therapeutic use
  • Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors / therapeutic use
  • Antihypertensive Agents* / pharmacology
  • Antihypertensive Agents* / therapeutic use
  • Blood Pressure
  • Brazil
  • Calcium Channel Blockers / therapeutic use
  • Cross-Sectional Studies
  • Humans
  • Hypertension* / drug therapy
  • Hypertension* / epidemiology
  • Longitudinal Studies
  • Race Factors
  • United States

Substances

  • Angiotensin Receptor Antagonists
  • Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors
  • Antihypertensive Agents
  • Calcium Channel Blockers

Grants and funding

Fontes de financiamento: O presente estudo foi financiado com o apoio do Ministério da Saúde (Departamento de Ciência e Tecnologia) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Financiadora de Estudos e Projetos, FINEP; e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq), por meio nº. 01 06 0010,00 RS, 01 06 0212,00 BA, 01 06 0300,00 ES, 01 06 0278,00 MG, 01 06 0115,00 SP e 01 06 0071,00 RJ. S. M. Barreto é bolsista de pesquisa do CNPq (bolsa nº 300159 / 99-4). S. M. Barreto também é financiada por uma bolsa de pesquisa (Pesquisador Mineiro) da FAPEMIG, a agência de pesquisa do Estado de Minas Gerais, Brasil. O Dr. Ribeiro recebeu apoio parcial do CNPq (bolsas 310679 / 2016-8 e 465518 / 2014-1) e da FAPEMIG (Programa Pesquisador Mineiro, PPM-00428-17). DC é bolsista do CNPq, bolsa 303371 / 2014-5, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), bolsa E26 / 201220/2014. A. A. Lopes é bolsista do CNPq, bolsa 312505 / 2018-3. A C.T Sousa foi parcialmente financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código Financeiro 001.