Cost of healthy and culturally acceptable diets in Brazil in 2009 and 2018

Rev Saude Publica. 2021 Nov 26;55(suppl 1):7s. doi: 10.11606/s1518-8787.2021055003329. eCollection 2021.
[Article in English, Portuguese]

Abstract

Objective: To estimate the lowest cost of a healthy and culturally acceptable diet and to assess the evolution of its cost in the periods 2008-2009 and 2017-2018.

Methods: We used data on the individual food consumption and food prices from the Pesquisas de Orçamentos Familiares (Household Budget Surveys), in the 2008-2009 and 2017-2018. The sample strata of each period were aggregated, forming 108 new strata with geographic and economic homogeneity. Linear programming models generated diets for each new stratum, considering the constraints in two models: model 1 (≥ 400g of fruits and vegetables); and model 2 (≥ 400g of fruits and vegetables, < 2300mg of sodium, sodium/potassium ratio < 1, ≥ 500mg of calcium). Each food could progressively deviate 5g from the observed consumption averages until the models found a solution in each of the strata. The objective function was to minimize the total cost of the diet.

Results: The average observed and optimized costs were R$4.96, R$4.62 (model 1) and R$5.08 (model 2) in 2008-2009, and R$9.18, R$8.69 and R$9.87 in 2017-2018. Models 1 and 2 resulted in an increase of up to 6% and 11% in 2008-2009, and of up to 25% and 34% in 2017-2018 in the lowest income strata. The main changes observed in the two models include the reduction in the amounts of sweetened beverages, sweets, sauces, ready-to-eat foods, and an increase in fruits and vegetables, flour, and tubers.

Conclusion: The adequate amount of fruits and vegetables resulted in an increase in costs to some population strata. When the adequacy of calcium, sodium, and potassium was considered, we observed a more significant increase in cost, especially in 2017-2018.

OBJETIVO: Estimar o menor custo de uma alimentação saudável e culturalmente aceitável e avaliar a evolução de seu custo nos períodos de 2008–2009 e 2017–2018.

MÉTODOS: Foram utilizados dados de consumo individual dos módulos de consumo alimentar das Pesquisas de Orçamentos Familiares de 2008–2009 e 2017–2018. Os preços dos alimentos foram obtidos do módulo de caderneta de despesa das respectivas pesquisas. Os estratos amostrais de cada período foram reagrupados, formando 108 novos estratos com homogeneidade geográfica e econômica. Modelos de programação linear foram elaborados para gerar dietas para cada novo estrato, considerando as restrições do modelo 1 (≥ 400g de frutas e hortaliças) e modelo 2 (≥ 400g de frutas e hortaliças, < 2300mg de sódio, relação sódio/potássio < 1, ≥ 500mg de cálcio). Cada alimento das dietas observadas poderia desviar progressivamente em 5g a partir das médias de consumo observadas até que os modelos encontrassem uma solução em cada um dos estratos. A função objetivo foi de minimizar o custo total da dieta.

RESULTADOS: Os custos médios observados e otimizados foram de R$4,96, R$4,62 (modelo 1) e R$5,08 (modelo 2) em 2008–2009 e de R$9,18, R$8,69 e R$9,87 em 2017 –2018. Nos modelos 1 e 2 ocorreram incrementos de até 6% e 11% em 2008–2009 e de até 25% e 34% em 2017–2018 na menor faixa de renda. As principais modificações observadas nos dois modelos incluem a redução nas quantidades de bebidas adoçadas, doces, molhos, alimentos prontos para consumo e aumento de frutas e hortaliças, farinhas e tubérculos.

CONCLUSÃO: A adequação da quantidade de frutas e hortaliças acarretou aumento no custo para parte da população. Quando a adequação de cálcio, sódio e potássio foram consideradas, ocorreu um aumento mais expressivo no custo, especialmente em 2017–2018.

MeSH terms

  • Brazil
  • Diet*
  • Energy Intake*
  • Fruit
  • Humans
  • Programming, Linear
  • Vegetables

Grants and funding

Funding: Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj - Process E26/203.263/2017).