[Chronic and Refractory Migraine: How to Diagnose and Treat]

Acta Med Port. 2020 Nov 2;33(11):753-760. doi: 10.20344/amp.12004. Epub 2020 Nov 2.
[Article in Portuguese]

Abstract

Migraine is highly prevalent and carries a significant personal, social and economic burden. It is the second cause of disability (years living with disability) worldwide and the first cause under 50 years of age. Chronic migraine (occurring for more than 15 days a month) and refractory migraine (treatment resistant), especially when there is also analgesic overuse, are the most disabling forms of migraine. These three disorders (chronic migraine, refractory migraine and medication overuse headache) are particularly difficult to treat. This article reviews their epidemiology, clinical presentation, diagnostic criteria, risk factors, comorbidities and social and personal impact. The therapeutic options available are discussed and focused on a multidisciplinary approach, non-pharmacological interventions treatment of comorbidities and avoiding analgesic overuse. Prophylactic treatments are mandatory and include the oral prophylactic treatments (topiramate), botulinum toxin type A and the novel monoclonal antibodies against calcitonin gene related peptide or its receptor, which are the first migraine preventive medicines developed specifically to target migraine pathogenesis. In refractory cases, multiple therapies are required including neurostimulation.

A enxaqueca é uma cefaleia muito prevalente na população com importantes custos pessoais, sociais e económicos e é a segunda causa a nível mundial de anos vividos com incapacidade. As suas variantes, crónica (aquela que ocorre mais de 15 dias por mês) e refratária (resistente ao tratamento), sobretudo quando se complicam de uso excessivo de analgésicos, embora mais raras, constituem as formas que causam maior incapacidade. Os autores revêm estes três tipos de cefaleias (enxaqueca refratária, enxaqueca crónica e cefaleia secundária a utilização excessiva de analgésicos) que constituem um grupo de cefaleias de difícil terapêutica. São revistos a epidemiologia, os aspetos clínicos, os critérios de diagnóstico, as comorbilidades, os fatores de agravamento e o impacto destas cefaleias sobre a qualidade de vida dos doentes. O tratamento de cada uma destas entidades é abordado, ressalvando a importância de uma abordagem abrangente, considerando o tratamento das comorbilidades, a utilidade de medidas não farmacológicas, o imperativo de evitar o abuso de analgésicos e a necessidade absoluta de tratamento profilático. São revistos os diferentes tratamentos profiláticos disponíveis (e a evidência científica da sua eficácia), tais como os fármacos preventivos orais (neuromodeladores como o topiramato), a toxina botulínica tipo A e os novos medicamentos preventivos para a enxaqueca (anticorpos monoclonais que atuam sobre o péptido relacionado com o gene da calcitonina ou o seu recetor, e que são os primeiros medicamentos preventivos desenvolvidos especificamente para atuar na fisiopatogenia da enxaqueca. Para os casos refratários são consideradas outras alternativas terapêuticas como a neuroestimulação.

Keywords: Headache Disorders, Secondary/chemically induced; Migraine Disorders/diagnosis; Migraine Disorders/drug therapy.

Publication types

  • Review

MeSH terms

  • Antibodies, Monoclonal / therapeutic use*
  • Anticonvulsants / administration & dosage*
  • Anticonvulsants / therapeutic use
  • Botulinum Toxins, Type A / therapeutic use*
  • Chronic Disease
  • Headache
  • Headache Disorders, Secondary / chemically induced
  • Headache Disorders, Secondary / drug therapy*
  • Headache Disorders, Secondary / prevention & control
  • Humans
  • Migraine Disorders / diagnosis*
  • Migraine Disorders / drug therapy*
  • Migraine Disorders / prevention & control
  • Neuromuscular Agents / therapeutic use*
  • Topiramate / administration & dosage*
  • Topiramate / therapeutic use

Substances

  • Antibodies, Monoclonal
  • Anticonvulsants
  • Neuromuscular Agents
  • Topiramate
  • Botulinum Toxins, Type A