Initial Assessment of the Impact of the Emergency State Lockdown Measures on the 1st Wave of the COVID-19 Epidemic in Portugal

Acta Med Port. 2020 Nov 2;33(11):733-741. doi: 10.20344/amp.14129. Epub 2020 Nov 2.

Abstract

Introduction: Portugal took early action to control the COVID-19 epidemic, initiating lockdown measures on March 16th when it recorded only 62 cases of COVID-19 per million inhabitants and reported no deaths. The Portuguese public complied quickly, reducing their overall mobility by 80%. The aim of this study was to estimate the initial impact of the lockdown in Portugal in terms of the reduction of the burden on the healthcare system.

Material and methods: We forecasted epidemic curves for: Cases, hospital inpatients (overall and in intensive care), and deaths without lockdown, assuming that the impact of containment measures would start 14 days after initial lockdown was implemented. We used exponential smoothing models for deaths, intensive care and hospitalizations and an ARIMA model for number of cases. Models were selected considering fitness to the observed data up to the 31st March 2020. We then compared observed (with intervention) and forecasted curves (without intervention).

Results: Between April 1st and April 15th, there were 146 fewer deaths (-25%), 5568 fewer cases (-23%) and, as of April 15th, there were 519 fewer intensive care inpatients (-69%) than forecasted without the lockdown. On April 15th, the number of intensive care inpatients could have reached 748, three times higher than the observed value (229) if the intervention had been delayed.

Discussion: If the lockdown had not been implemented in mid-March, Portugal intensive care capacity (528 beds) would have likely been breached during the first half of April. The lockdown seems to have been effective in reducing transmission of SARS-CoV-2, serious COVID-19 disease, and associated mortality, thus decreasing demand on health services.

Conclusion: An early lockdown allowed time for the National Health Service to mobilize resources and acquire personal protective equipment, increase testing, contact tracing and hospital and intensive care capacity and to promote broad prevention and control measures. When lifting more stringent measures, strong surveillance and communication strategies that mobilize individual prevention efforts are necessary.

Introdução: Portugal tomou cedo medidas para controlar a epidemia de COVID-19, impondo medidas de confinamento a partir de 16 de março, quando registava apenas 62 casos de COVID-19 por milhão de habitantes e nenhuma morte. Os portugueses seguiram as recomendações reduzindo sua mobilidade em 80%. O objectivo deste estudo foi estimar o impacto do confinamento em Portugal com foco na redução do impacto nos serviço de saúde. Material e Métodos: Fizemos previsões para as curvas epidémicas de casos, internamento hospitalares (geral e em unidades de cuidados intensivos) e óbitos sem confinamento, assumindo que o impacto das medidas de contenção começaria 14 dias após o início das medidas. Utilizámos modelos de alisamento exponencial para óbitos, internados em cuidados intensivos e total de internados e um modelo ARIMA para número de novos casos. Os modelos foram selecionados considerando adequação aos dados observados até 31 de março de 2020. Em seguida, comparámos as curvas observadas (com intervenção) e previstas (sem intervenção). Resultados: Entre 1 e 15 de abril houve 146 menos mortes (-25%), 5568 menos casos (-23%) e, em 15 de abril, houve 519 menos internamentos em unidades de cuidados intensivos (-69%) e 508 menos doentes no total de internados (-28%) do que o previsto sem confinamento. Em 15 de abril, o número de pacientes internados na unidades de cuidados intensivos poderia ter atingido 748, três vezes maior que o valor observado (229) se a intervenção tivesse sido adiada. Discussão: Se o confinamento não tivesse sido implementado em meados de março, a capacidade de unidades de cuidados intensivos em Portugal (528 camas) teria provavelmente sido ultrapassada na primeira quinzena de abril. O confinamento parece ter sido eficaz na redução de infeções, doença grave e mortalidade associada, diminuindo a procura de serviços de saúde. Conclusão: Um confinamento antecipado permitiu comprar tempo para o Serviço Nacional de Saúde mobilizar recursos e adquirir equipamentos de proteção individual, aumentar a capacidade de testar e realizar rastreio de contactos, preparar-se para um aumento da procura hospitalar e de unidades de cuidados intensivos e promover amplas medidas de prevenção e controlo. Ao levantar medidas mais restritivas será importante manter uma vigilância epidemiológica e estratégias de comunicaçao robustas que mobilizem comportamentos individuais preventivos.

Keywords: COVID-19; Coronavirus Infections; Pandemics; Portugal; Quarantine; SARS-CoV-2.

MeSH terms

  • Bed Occupancy
  • Betacoronavirus*
  • COVID-19
  • Coronavirus Infections / epidemiology
  • Coronavirus Infections / mortality
  • Coronavirus Infections / prevention & control*
  • Coronavirus Infections / transmission
  • Critical Care / statistics & numerical data
  • Emergencies / epidemiology*
  • Epidemics / prevention & control*
  • Epidemics / statistics & numerical data
  • Hospitalization / statistics & numerical data
  • Humans
  • Pandemics / prevention & control*
  • Pneumonia, Viral / epidemiology
  • Pneumonia, Viral / mortality
  • Pneumonia, Viral / prevention & control*
  • Pneumonia, Viral / transmission
  • Portugal / epidemiology
  • Public Policy / legislation & jurisprudence*
  • Quarantine / methods*
  • Quarantine / statistics & numerical data
  • SARS-CoV-2