Objective: The preoperative factors determining the selection of anesthetic technique in patients submitted to TAVI were identified. The results of this procedure in our hospital were evaluated.
Methods: Retrospective study in patients submitted to TAVI in Santa Marta Hospital (January 2010 to December 2016). Data collected from periprocedural records and stratified according to the anesthetic technique. Periprocedural complications were defined according to The Valve Academic Research Consortium 2. The preoperative factors determining the selection of anesthetic technique were identified through Chi-square test (categorical variables) and Student's t tests (continuous variables), followed by logistic regression.
Results: Bad vascular access identified by TC was a preoperative determinant for general anesthesia selection. Arterial hypertension and previous acute myocardial infarction were determinants for selection of local anesthesia with sedation. From a total of 149 patients, 105 (70,5%) developed some postprocedural complication; the most common were arrhythmias (n=53; 35,6%), major bleeding (n=50; 33,6%) and vascular complications (n=36; 24,2%).
Conclusion: There is no consensus regarding the best anesthetic technique to be performed in patients submitted to TAVI. It is the anesthesiologist decision which most appropriate anesthetic technique to select, considering technical aspects and objective evaluation of the patient. Local anesthesia with sedation showed some advantages: shorter duration of procedure and fewer patients requiring vasopressor drugs administration. TAVI is a highly complex procedure and a multidisciplinary approach is fundamental to its success.
Objetivo: Foram identificados fatores pré-operatórios relacionados com o doente, determinantes para seleção da técnica anestésica em doentes submetidos a TAVI, e avaliados os resultados deste tipo de intervenção no nosso centro. Métodos: Estudo retrospetivo em doentes submetidos a TAVI no Hospital de Santa Marta (Janeiro de 2010 a Dezembro de 2016). Dados colhidos a partir dos registos peri- procedimento, e estratificados de acordo com a técnica anestésica. As complicações periprocedimento foram definidas de acordo com The Valve Academic Research Consortium-2. Os fatores pré-operatórios determinantes para a seleção da técnica anestésica foram identificados com os testes Qui-quadrado (variáveis categóricas) e t de Student (variáveis contínuas), e posterior regressão logística. Resultados: Os maus acessos vasculares definidos por TAC foram o fator pré-operatório determinante para a seleção de anestesia geral. A hipertensão arterial e a ocorrência de enfarte agudo do miocárdio prévio foram determinantes da escolha da anestesia local com sedação. Dos 149 doentes, 105 (70,5%) desenvolveram alguma complicação pós-operatória, sendo as mais comuns as arritmias cardíacas (n=53; 35,6%), perdas sanguíneas major (n=50; 33,6%) e as complicações vasculares (n=36; 24,2%). Conclusão: Não existindo consenso quanto à melhor técnica anestésica a realizar para a TAVI, cabe ao anestesiologista a seleção da técnica mais adequada, tendo em conta aspectos técnicos e a avaliação objetiva do doente. A anestesia local com sedação mostra alguns benefícios: menor duração do procedimento e um menor número de doentes a requerer a administração de fármacos vasopressores. A TAVI apresenta elevada complexidade, sendo a abordagem multidisciplinar fundamental para o seu sucesso.