Complex defects of the trunk present a reconstructive challenge and conservative treatment is frequently unsuccessful. Perforator flaps have become a common option for this problem. The keystone perforator island flap (KPIF) is a fasciocutaneous advancement flap, based on randomly located perforators vessels, whose dissection and exposure is not required. Designed in a curvilinear trapezoidal shape, it allows primary closure of large defects, while avoiding secondary defects and minimizing the need for more complex pedicled flaps or microsurgical reconstructive techniques. The clinical case of a 52-year-old male with stable coronary artery disease and severe aortic stenosis, with severe left ventricular dysfunction, who underwent coronary artery bypass graft surgery and aortic valve replacement is presented. During the post-operative period, he developed anterior mediastinitis and presented a large median sternotomy wound dehiscence, refractory to medical treatment and surgical debridement. The patient underwent reconstruction of the defect with a bilateral KPIF and application of VAC therapy, with favorable outcome. The KPIF is an useful and reliable reconstruction technique for complex defects, that has shown shorter operative times, lower risk of total flap necrosis, reduced donor-site morbidity and favorable aesthetic results, making it a good option in patients with multiple comorbidities.
Os defeitos complexos do tronco constituem um desafio reconstrutivo e o tratamento conservador frequentemente não apresenta sucesso. Os retalhos perfurantes são uma solução cada vez mais utilizada para este problema. O retalho perfurante em ilha “Keystone” (RPIK) é um retalho fasciocutâneo de avanço, baseado em vasos perfurantes de localização conhecida, cuja disseção e exposição não é necessária. É desenhado na forma de um trapézio curvilíneo, permitindo o encerramento primário de grandes defeitos, evitando defeitos secundários e minimizando a necessidade de retalhos pediculados tecnicamente mais exigentes, ou métodos de reconstrução microcirúrgica. É apresentado o caso clínico de um homem de 52 anos de idade com doença coronária estável e estenose aórtica severa, com depressão severa da função ventricular esquerda, que foi submetido a cirurgia de revascularização do miocárdio e substituição da válvula aórtica. No período pós-operatório, desenvolveu mediastinite anterior e deiscência da ferida de esternotomia mediana, refratária a tratamento médico e re-intervenções cirúrgicas com desbridamento. O doente foi submetido a reconstrução do defeito com RPIK bilateral e colocação de vacuoterapia, com evolução clínica favorável. O RPIK é uma técnica reconstrutiva que demonstrou utilidade e fiabilidade na abordagem de defeitos complexos, demonstrando tempos operatórios mais curtos, menor risco de necrose total do retalho, escassa morbilidade da zona dadora e resultado estético favorável, tornando-a uma boa opção em pacientes com múltiplas comorbilidades.