Surgical management of primary spontaneous pneumothorax: 11-years experience

Rev Port Cir Cardiotorac Vasc. 2016 Jul-Dec;23(3-4):119-124.

Abstract

Introduction: Primary spontaneous pneumothorax (PSP) is a pathology with a high recurrence rate. Surgical treatment allows the resolution of the acute episode and prevention of its recurrence. The main objective of the present study was to evaluate the outcomes of patients submitted to surgery due to PSP.

Methods: A retrospective case series review was undertaken on all patients submitted to thoracotomy or video-assisted thoracoscopic surgery (VATS) for PSP at our thoracic surgery center between January 2005 and December 2016.

Results: A total of 319 surgeries were performed in 298 patients with a mean age of 29.0±12.7 years. Surgical approach was thoracotomy in 30 surgeries and VATS in 289 procedures. Surgical technique included bullectomy or apical resection in 98.1% of the surgeries in combination with some kind of pleurodesis, mainly partial parietal pleurectomy plus pleural abrasion in 38.9% and only pleural abrasion in 38.9%. Median postoperative stay was 4 days. Postoperative complications occurred in 14.7% of cases, primarily due to persistent air leak (30 of the 47 complications). Recurrence rate was 4.7% (15 cases). There was no association between surgical approach or surgical technique and recurrence.

Conclusion: Surgical treatment remains one important cornerstone for definitive treatment of PSP. Our study demonstrated that a VATS approach, particularly uniportal VATS, to perform bullectomy or apical wedge resection along with pleural abrasion can be a safe and efficient choice in the treatment and prevention of recurrence of the PSP.

Introdução: O pneumotórax espontâneo primário (PEP) é uma patologia com uma elevada taxa de recorrência. O trata- mento cirúrgico possibilita a resolução do episódio agudo e previne a sua recorrência. O principal objectivo do presente estudo foi avaliar os resultados cirúrgicos dos doentes submetidos a cirurgia devido a PEP. Métodos: Foram revistos retrospectivamente todos os doentes submetidos a toracotomia ou cirurgia vídeo-assistida (VATS) para o tratamento de PEP no nosso centro cirúrgico no período compreendido entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2016. Resultados: Um total de 319 cirurgias foram realizadas em 298 doentes com idade média de 29,0±12,7 anos. A abordagem cirúrgica utilizada foi toracotomia em 30 cirurgias e VATS em 289 cirurgias. A técnica cirúrgica incluiu a ressecção de bolhas enfisematosas ou ressecção atípica do ápex pulmonar em 98,1% das cirurgias, em combinação com uma técnica de pleurodese, principalmente pleurectomia parietal parcial associado a abrasão pleural em 38,9% dos casos e apenas abrasão pleural em 38,9% dos casos. O tempo mediano de internamento foi 4 dias. Ocorreram complicações pós operatórias em 14,7% dos procedimentos, sobretudo fuga aérea prolongada (30 dos 47 casos de complicações). A taxa de recorrência foi de 4,7% (15 casos). Não foi encontrada nenhuma associação estatisticamente significativa entre a abordagem ou técnica cirúrgica e a ocorrência de recorrência de PEP. Conclusão: O tratamento cirúrgico é uma das opções fundamentais no tratamento definitivo de PEP. O nosso estudo demonstrou que a VATS, sobretudo a VATS uniportal, para a realização de ressecção de bolhas enfisematosas ou ressecção atípica do ápex pulmonar associada a abrasão pleural pode ser considerada uma escolha segura e eficaz para o tratamento e prevenção de recidiva de PEP.