SURVIVAL OF NONAGENARIAN PATIENTS WITH HIP FRACTURES: A COHORT STUDY

Acta Ortop Bras. 2017 Jul-Aug;25(4):132-136. doi: 10.1590/1413-785220172504167561.

Abstract

Objective: The objective of this study was to assess survival and factors that may influence survival in nonagenarians with hip fracture.

Methods: We retrospectively analyzed 134 nonagenarian patients admitted for hip fractures over a period of 9 years, and reviewed medical records and survival data from the National Population Register. The analysis included demographic data, ASA score, surgical delay, type of treatment, and mortality.

Results: Mean patient age was 92.53 years (range 90-103 years). Of the total, 35.8% of the fractures involved the femoral neck and 64.2% were in the trochanteric region. Overall mortality was 18.7% at 30 days, and 9% at one year. Mean survival for the entire sample was 683±78.1 days, with a median of 339 days; survival in men and women was 595±136.8 days and 734±94.6 days, respectively. We found that type of fracture (p=0.026) and ASA score (p=0.004) were the main factors influencing survival. Kaplan-Meier survival analysis indicated that patients with extracapsular fractures treated by internal fixation had a better survival rate (p=0.047). There was no significant differences between sexes (p = 0.102) or diagnosis (p = 0.537).

Conclusion: Although nonagenarian patients have numerous comorbidities, surgical treatment using internal fixation seems superior to a conservative approach. Level of Evidence III, Retrospective Comparative Study.

Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores que podem influenciar a sobrevida de nonagenários com fratura do quadril.

Métodos: Foram analisados retrospectivamente 134 pacientes nonagenários internados por fraturas de quadril e seus prontuários, em um período de nove anos. Efetuou-se a revisão de prontuários médicos e os dados sobre a taxa de sobrevida do Registro Nacional de População. A análise incluiu dados demográficos, classificação ASA, atrasos na cirurgia, tipo de tratamento e mortalidade.

Resultados: A média de idade dos pacientes foi 92,53 anos (de 90 a 103 anos). Do total, 35,8% das fraturas localizaram-se no colo do fêmur e 64,2% na região trocantérica. A mortalidade geral foi 18,7% aos 30 dias seguintes e 9% em um ano. A média de sobrevida de toda a amostra foi de 683 ± 78,1 dias, com mediana de 339 dias. A sobrevida em homens e mulheres foi, respectivamente, 595 ± 136,8 dias e 734 ± 94,6 dias. Constatamos que o tipo de fratura (p = 0,026) e a classificação ASA (p = 0,004) foram os principais fatores que influenciaram a sobrevida. A análise de sobrevida pelo método Kaplan-Meier indicou que os pacientes com fraturas extracapsulares tratados com fixação interna tiveram taxa de sobrevida melhor (p = 0,047). Não houve diferença significativa entre sexos (p = 0,102) ou no diagnóstico (p = 0,537).

Conclusão: Apesar das numerosas comorbidades em pacientes nonagenários, o tratamento cirúrgico com fixação interna parece ser superior à abordagem conservadora. Nível de Evidência III, Estudo Retrospectivo Comparativo.

Keywords: Aged, 80 and over; Femoral neck fractures; Hip fractures; Survival analysis.