Acute Treatment of Malignant Colorectal Occlusion: Real Life Practice

GE Port J Gastroenterol. 2016 Jan 29;23(2):66-75. doi: 10.1016/j.jpge.2015.10.005. eCollection 2016 Mar-Apr.

Abstract

Introduction: Colorectal cancer presents itself as acute bowel occlusion in 10-40% of patients. There are two main therapeutic approaches: urgent surgery and endoluminal placement self-expandable metallic stents (SEMS).

Aims and methods: This study intended to better clarify the risk/benefit ratio of the above-mentioned approaches. We conducted a retrospective longitudinal multicenter study, including 189 patients with acute malignant colorectal occlusion, diagnosed between January 2005 and March 2013.

Results: Globally (85 patients - 35 bridge-to-surgery and 50 palliative), SEMS's technical success was of 94%. Palliative SEMS had limited clinical success (60%) and were associated with 40% of complications. SEMS occlusion (19%) was the most frequent complication, followed by migration (9%) and bowel perforation (7%). Elective surgery after stenting was associated with a higher frequency of primary anastomosis (94% vs. 76%; p = 0.038), and a lower rate of colostomy (26% vs. 55%; p = 0.004) and overall mortality (31% vs. 57%; p = 0.02). However, no significant differences were identified concerning postoperative complications. Regarding palliative treatment, no difference was found in the complications rate and overall mortality between SEMS and decompressive colostomy/ileostomy. In this SEMS subgroup, we found a higher rate of reinterventions (40% vs. 5%; p = 0.004) and a longer hospital stay (14, nine vs. seven, three days; p = 0.004).

Conclusion: SEMS placement as a bridge-to-surgery should be considered in the acute treatment of colorectal malignant occlusion, since it displays advantages regarding primary anastomosis, colostomy rate and overall mortality. In contrast, in this study, palliative SEMS did not appear to present significant advantages when compared to decompressive colostomy.

Introdução: O cancro colorrectal manifesta-se como oclusão intestinal aguda em 10–40% dos doentes. Existem duas abordagens terapêuticas principais: cirurgia de urgência e prótese endoluminal.

Objectivo e métodos: Este estudo teve como objetivo clarificar o risco/benefício das abordagens mencionadas. Foi realizado um estudo multicêntrico, retrospetivo longitudinal, que incluiu 189 doentes com oclusão colorrectal maligna aguda, diagnosticados entre janeiro de 2005 e março de 2013.

Resultados: Globalmente (85 pacientes – 35 como ponte para cirurgia e 50 como paliação) a colocação de prótese teve sucesso técnico de 94%. As próteses paliativas apresentaram sucesso clínico limitado (60%) e associaram-se a 40% de complicações. A oclusão tumoral da prótese (19%) foi a complicação mais frequente, seguindo-se a migração (9%) e a perfuração intestinal (7%). A cirurgia eletiva após colocação de prótese associou-se a maior frequência de anastomoses primárias (94% vs 76%; p = 0.038) e a menores taxas de colostomia (26% vs 55%; p = 0.004) e mortalidade (31% vs 57%; p = 0.02). Contudo, não houve diferenças significativas nas complicações pós-cirúrgicas. No tratamento paliativo, a prótese e a colostomia/ileostomia descompressiva não apresentaram diferenças significativas nas complicações ou mortalidade. Neste subgrupo de próteses, observou-se elevada taxa de reintervenção (40% vs 5%; p = 0.004) e de tempo de internamento (14,9 vs 7,3 dias; p = 0.004).

Conclusão: A colocação de prótese como ponte para a cirurgia deve ser considerada no tratamento agudo da oclusão maligna colorrectal, pois apresenta vantagens nas taxas de anastomoses primárias, colostomias e mortalidade. Em contraste, neste estudo as próteses paliativas não apresentaram vantagem clínica significativa em comparação à colostomia descompressiva.

Keywords: Colorectal Neoplasms; Intestinal Obstruction; Stents.