Purpose: Despite being rare entities, the incidence of malignant small bowel tumors seems to be rising. The development of capsule endoscopy and balloon assisted enteroscopy provided an advance in the assessment of small bowel lesions. We aim to describe the clinical and pathological characteristics of patients with small bowel cancer and ascertain what roles these endoscopic techniques currently have.
Material and methods: A retrospective study of patients diagnosed with small bowel cancer, from January 2010 to October 2014, was performed. The data was submitted to statistical analysis.
Results: Of the 28 diagnosed patients, 54% were female. The mean age at diagnosis was 61 years. Adenocarcinoma was the most frequent tumor (n = 11), followed by sarcoma (n = 6), lymphoma (n = 6) and neuroendocrine tumors (n = 3). The main form of presentation was related to blood loss or intestinal obstruction. By the time of diagnosis, 46% of patients had distant metastasis/ unresectable cancer. Most of the tumors were diagnosed by endoscopic (41%) or imaging techniques (35%). In the first year after diagnosis, 29% of patients died. In multivariate analysis, adenocarcinoma remained an independent factor for worse survival.
Discussion: Patients with adenocarcinoma presented at late stages and with unresectable tumors, contributing to a worse outcome. A high degree of clinical suspicion for the diagnosis of small bowel cancer is necessary.
Conclusion: The characteristics of the patients were generally consistent with those described in the literature. Capsule endoscopy and balloon assisted enteroscopy are useful in the diagnosis, management and surveillance of small bowel cancer.
Introdução: Apesar de entidades raras, a incidência dos tumores malignos do intestino delgado parece estar a aumentar. O desenvolvimento da cápsula endoscópica e da enteroscopia assistida por balão permitiram um avanço na avaliação das lesões do intestino delgado. Temos como objetivo descrever as características clínicas e patológicas dos doentes com cancro do intestino delgado e averiguar o papel que estas técnicas endoscópicas assumem atualmente. Material e Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo dos doentes diagnosticados com cancro do intestino delgado, desde janeiro de 2010 até outubro de 2014. Os dados foram submetidos a análise estatística. Resultados: Dos 28 doentes diagnosticados, 54% eram do sexo feminino. A idade média ao diagnóstico foi de 61 anos. O tumor mais frequente foi o adenocarcinoma (n = 11), seguido do sarcoma (n = 6), linfoma (n = 6) e tumores neuroendócrinos (n = 3). A principal forma de apresentação esteve relacionada com perdas hemáticas ou obstrução intestinal. Ao diagnóstico, 46% dos doentes tinhammetástases distantes/tumor irressecável. A maioria dos tumores foi diagnosticada por técnicas endoscópicas (41%) ou imagiológicas (35%). No primeiro ano após o diagnóstico, 29% dos doentes faleceram. Na análise multivariada, o adenocarcinoma permaneceu fator independente para pior sobrevida. Discussão: Os doentes com adenocarcinoma apresentaram-se em estádios tardios e com tumores irressecáveis, contribuindo para um pior prognóstico. Ã necessário um elevado grau de suspeita clínica para o diagnóstico de cancro do intestino delgado. Conclusão: As características dos doentes foram globalmente consistentes com o descrito na literatura. A cápsula endoscópica e a enteroscopia assistida por balão são úteis no diagnóstico, gestão e vigilância do cancro do intestino delgado.