The Role of Haemoglobin A1c in Screening Obese Children and Adolescents for Glucose Intolerance and Type 2 Diabetes

Acta Med Port. 2015 May-Jun;28(3):307-15. Epub 2015 Jun 30.

Abstract

Introduction: In 2012, an international expert committee in diabetes wrote in favor of screening adult and paediatric patients for glucose intolerance and type 2 diabetes using glycated haemoglobin. The aim of this study was to evaluate glycated haemoglobin utility as a screening tool in a young obese mainly Caucasian population.

Material and methods: Children [(n = 266), body mass index z-score 3.35 ± 0.59, 90% Caucasian 90%, 55% female, median age 12.3 (range: 8.9 - 17.6) years old] recently referred to a tertiary hospital-based obesity clinic underwent a routine oral glicose tolerance test and glycated haemoglobin measurement.

Exclusion criteria: abnormal forms of haemoglobin and conditions linked to increased erythrocyte turnover.

Results: The oral glicose tolerance test diagnosed 13 (4.9%) subjects as prediabetic but none as diabetic. According to glycated haemoglobin, 32 would be prediabetic (29 false positives) and one would be diabetic (when he was only glucose intolerant). On the other hand, 10 prediabetic patients would not have been identified (false negatives). Glycated haemoglobin receiver operator characteristic analysis area under the curve was 0.59 (CI 95% 0.40 - 0.78), confirming its reduced capacity to identify prediabetes. Better results were achieved when calculating receiver operator characteristic analysis area under the curve for fasting glucose (0.76;CI 95% 0.66 - 0.87), homeostasis model assessment for insulin resistance (0.77; CI 95% 0.64 - 0.90) and triglycerides:HDL cholesterol ratio (0.81; CI 95% 0.66 - 0.96).

Discussion: In Paediatric populations, especially when mainly Caucasian, glycated haemoglobin does not seem to be a useful screening tool for prediabetes.

Conclusion: For this reason, it would appear premature to advise it as a diagnostic tool until significantly more data is available. Homeostasis model assessment for insulin resistance and triglycerides: HDL cholesterol have higher precision and can be calculated using a fasting blood sample.

Introdução: Em 2012, um comité internacional de peritos em diabetes aconselhou a hemoglobina glicada como teste de rastreio de intolerância à glicose e diabetes mellitus tipo 2 no adulto e em idade pediátrica. O objetivo deste estudo foi avaliar a utilidade deste exame numa população de crianças e adolescentes obesos, maioritariamente de etnia caucasiana.Material e Métodos: Foram recrutados 226 doentes [índice de massa corporal z-score 3,35 ± 0,59, 90% caucasianos, 55% do sexo feminino, idade mediana de 12,3 (âmbito: 8,9 â 17,6) anos] referenciados à consulta de obesidade pediátrica de um hospital terciário, com critérios para rastreio de diabetes mellitus tipo 2. Situações de hemoglobinopatia ou de alteração da sobrevida eritrocitária foram excluídas. Todos os indivíduos foram submetidos a uma prova de tolerância à glicose oral e à medição da hemoglobina glicada.Resultados: Segundo a prova de tolerância à glicose oral, 13 (4,9%) eram pré-diabéticos e nenhum diabético. De acordo com a hemoglobina glicada, 32 seriam pré-diabéticos (29 falsos-positivos) e um diabético (falso positivo, sendo este, na realidade, apenas intolerante à glicose). Por outro lado, 10 pré-diabéticos não seriam identificados (falsos-negativos). A área sob a curva receiver operator characteristic analysis da hemoglobina glicada foi 0,59 (IC 95% 0,40 - 0,78), confirmando a sua reduzida capacidade de discriminação parapré-diabetes. Mais promissoras foram as áreas sob as curvas receiver operator characteristic analysis da glicemia em jejum (0,76; IC 95% 0,66 - 0,87), homeostasis model assessment for insulin resistance (0,77; IC 95% 0,64 - 0,90) e razão triglicerídeos:colesterol HDL (0,81; IC 95% 0,66 - 0,96).Discussão: Em Pediatria, particularmente em populações maioritariamente caucasianas, a hemoglobina glicada parece ser uma má ferramenta para diagnóstico de pré-diabetes.Conclusão: Pelo exposto, parece-nos prematura a utilização da hemoglobina glicada com fins diagnósticos até um maior número de estudos estar disponível. O homeostasis model assessment for insulin resistance e a razão triglicerídeos:colesterol HDL demonstraram uma maior exatidão diagnóstica, podendo ser calculados com base numa amostra única em jejum.

MeSH terms

  • Adolescent
  • Child
  • Cross-Sectional Studies
  • Diabetes Mellitus, Type 2 / blood*
  • Diabetes Mellitus, Type 2 / diagnosis*
  • Female
  • Glucose Intolerance / blood*
  • Glucose Intolerance / diagnosis*
  • Glycated Hemoglobin / analysis*
  • Humans
  • Male
  • Mass Screening
  • Pediatric Obesity / blood*
  • Pediatric Obesity / complications
  • Prediabetic State / blood*
  • Prediabetic State / diagnosis*

Substances

  • Glycated Hemoglobin A