Surgical treatment analysis of idiopathic esophageal achalasia

Arq Bras Cir Dig. 2015 Apr-Jun;28(2):98-101. doi: 10.1590/S0102-67202015000200003.
[Article in English, Portuguese]

Abstract

Background: Idiopathic esophageal achalasia is an inflammatory disease of unknown origin, characterized by aperistalsis of the esophageal body and failure of the lower esophageal sphincter in response to swallowing, with consequent dysphagia.

Aim: To demonstrate the results of surgical therapy in these patients, evaluating the occurred local and systemic complications.

Methods: Were studied retrospectively 32 patients, 22 of whom presented non-advanced stage of the disease (Stage I/II) and 10 with advanced disease (Stage III/IV). All of them had the clinical conditions to be submitted to surgery. The diagnoses were done by clinical, endoscopic, cardiological, radiological and esophageal manometry analysis. Pre-surgical evaluation was done with a questionnaire based on the most predisposing factors in the development of the disease and the surgical indication was based on the stage of the disease.

Results: The patients with non-advanced stages were submitted to cardiomyotomy with fundoplication, wherein in the post-surgical early assessment, only one (4,4%) presented pulmonary infection, but had a good outcome. In patients with advanced disease, seven were submitted to esophageal mucosectomy preserving the muscular layer, wherein one patient (14,2%) presented dehiscence of gastric cervical esophagus anastomosis as well as pulmonary infection; all of these complications were resolved with proper specific treatment; the other three patients with advanced stage were submitted to transmediastinal esophagectomy; two of them presented hydropneumothorax with good evolution, and one of them also presented fistula of the cervical esophagogastric anastomosis, but with spontaneous healing after conservative treatment and nutritional support. The two patients with fistula of the cervical anastomosis progressed to stenosis, with good results after endoscopic dilations. In the medium and long term assessment done in 23 patients, all of them reported improvement in life quality, with return to swallowing.

Conclusion: The strategy proposed for the surgical treatment of idiopathic esophageal achalasia according to the stages of the disease was of great value, due to post-surgical low morbidity complications and proper recovery of swallowing.

Racional: A acalásia idiopática do esôfago é doença inflamatória de causa desconhecida, caracterizada por aperistalse do corpo do esôfago e falha do relaxamento do esfíncter esofágico inferior em resposta às deglutições, com consequente disfagia.

Objetivo: Demonstrar os resultados da terapêutica cirúrgica desses pacientes, avaliando suas complicações locais e sistêmicas.

Métodos: Foram estudados retrospectivamente 32 pacientes portadores de acalásia idiopática do esôfago, sendo 22 com doença não avançada (Grau I/II) e 10 com doença avançada (Grau III/IV); todos tinham condições clínicas de serem submetidos à terapêutica cirúrgica. O diagnóstico foi realizado por meio de análise clínica, endoscópica, cardiológica, radiológica e manométrica. Foi realizada avaliação pré-operatória com questionário baseado nos fatores mais predisponentes ao desenvolvimento da doença, e a indicação da técnica cirúrgica foi baseada no grau da lesão.

Resultados: Os pacientes com doença não avançada foram submetidos à cardiomiotomia com fundoplicatura, sendo que na avaliação precoce do pós-operatorio apenas um deles (4,4%) apresentou infecção pulmonar, mas com boa evolução. Os pacientes com doença avançada em sete foi realizada a mucosectomia esofágica com conservação da túnica muscular, sendo que um paciente (14,2%) apresentou deiscência da anastomose esofagogástrica cervical e também infecção pulmonar, tendo ambas complicações sido resolvidas com tratamento específico; os outros três com doença avançada foram submetidos à esofagectomia transmediastinal, sendo que dois apresentaram hidropneumotórax, com boa evolução; um destes pacientes também apresentou fistula da anastomose esofagogástrica cervical, mas com fechamento espontâneo após tratamento conservador e suporte nutricional. Os dois pacientes que apresentaram fistula da anastomose cervical, evoluíram com estenose, mas com boa evolução após dilatações endoscópicas. Na avaliação a médio e longo prazos realizada em 23 pacientes, todos relataram acentuada melhora na qualidade de vida com retorno da deglutição.

Conclusão: O tratamento cirúrgico proposto da acalásia idiopática do esôfago de acordo com grau da doença foi de grande valia, devido às complicações pós-operatórias presentes serem de baixa morbidade, além de proporcionar retorno adequado da deglutição.

Publication types

  • Clinical Study

MeSH terms

  • Adult
  • Esophageal Achalasia / surgery*
  • Female
  • Humans
  • Male
  • Middle Aged
  • Postoperative Complications / epidemiology
  • Retrospective Studies