Introduction: Precariousness of medical work, with loss of autonomy and devaluation, in addition to unstable and non-guaranteed employment bonds, has caused health problems in professionals, hampering the assistance provided. Research shows a high prevalence of stress, burnout, depression, and suicide among physicians. This study investigated aspects of mental health in physicians from the state of Paraná, Brazil.
Objectives: We aimed to evaluate indicators of stress, burnout, and work engagement measured by inventories specifically designed for each one: Stress Symptoms Inventory, Burnout Syndrome Inventory, Utrecht Work Engagement Scale, respectively.
Methods: The professionals answered the questionnaires remotely, after accepting the invitation for the study and signing the consent form.
Results: A total of 1,201 physicians answered the questionnaires, with mean age of 37 years; 53.9% of participants were women; 63.5% graduated in Paraná. Of the total number of participants, 97.5% and 93.4% presented psychological and physical symptoms of stress, respectively. According to the Inventário da Síndrome de Burnout, the prevalence of diagnosis of burnout was estimated at 59.4%. As for work engagement, 40% of participants showed very high levels in the overall score of the construct.
Conclusions: Most physicians showed signs of stress; burnout rates were high; negative organizational conditions prevailed in the work environment; work engagement was frequent.
Introdução: A precarização do trabalho médico, com a perda de autonomia e a desvalorização, além de vínculos empregatícios instáveis e sem garantias, tem provocado problemas de saúde nos profissionais, prejudicando a assistência prestada. Pesquisas mostram elevada prevalência de estresse, burnout, depressão e suicídio entre médicos. Este estudo investigou aspectos da saúde mental de médicos do estado do Paraná, Brasil.
Objetivos: Pretendeu-se avaliar indicadores de estresse, burnout e engajamento no trabalho, aferidos pelos inventários elaborados especificamente para cada um: Inventário de Sintomatologia de Estresse, Inventário da Síndrome de Burnout, Utrecht Work Engagement Scale, respectivamente.
Métodos: Os profissionais responderam remotamente aos questionários, após aceitar o convite e assinar o termo de consentimento.
Resultados: Responderam 1.201 médicos, com média de idade de 37 anos; 53,9% dos participantes eram mulheres; 63,5% se graduaram no Paraná. Do total de participantes, 97,5% e 93,4% apresentaram sintomas psicológicos e físicos de estresse, respectivamente. De acordo com o Inventário da Síndrome de Burnout, a prevalência do diagnóstico de burnout foi estimada em 59,4%. Quanto ao engajamento, 40% apresentaram nível muito alto na escala geral do constructo.
Conclusões: A maioria dos médicos manifestou sinais de estresse; foi elevada a taxa de burnout; predominaram condições organizacionais negativas no ambiente de trabalho; o engajamento no trabalho foi frequente.
Keywords: burnout syndrome; occupational stress; work engagement.