Anastomotic Leaks following Esophagectomy for Esophageal and Gastroesophageal Junction Cancer: The Key Is the Multidisciplinary Management

GE Port J Gastroenterol. 2021 Dec 14;30(1):38-48. doi: 10.1159/000520562. eCollection 2023 Jan.

Abstract

Introduction: Anastomotic leakage after esophagectomy is associated with high mortality and impaired quality of life.

Aim: The objective of this work was to determine the effectiveness of management of esophageal anastomotic leakage (EAL) after esophagectomy for esophageal and gastroesophageal junction (GEJ) cancer.

Methods: Patients submitted to esophagectomy for esophageal and GEJ cancer at a tertiary oncology hospital between 2014 and 2019 (n = 119) were retrospectively reviewed and EAL risk factors and its management outcomes determined.

Results: Older age and nodal disease were identified as independent risk factors for anastomotic leak (adjusted OR 1.06, 95% CI 1.00-1.13, and adjusted OR 4.89, 95% CI 1.09-21.8). Patients with EAL spent more days in the intensive care unit (ICU; median 14 vs. 4 days) and had higher 30-day mortality (15 vs. 2%) and higher in-hospital mortality (35 vs. 4%). The first treatment option was surgical in 13 patients, endoscopic in 10, and conservative in 3. No significant differences were noticeable between these patients, but sepsis and large leakages were tendentially managed by surgery. At follow-up, 3 patients in the surgery group (23%) and 9 in the endoscopic group (90%) were discharged under an oral diet (p = 0.001). The in-hospital mortality rate was 38% in the surgical group, 33% in the conservative group, and 10% in endoscopic group (p = 0.132). In patients with EAL, the presence of septic shock at leak diagnosis was the only predictor of mortality (p = 0.004). ICU length-of-stay was non-significantly lower in the endoscopic therapy group (median 4 days, vs. 16 days in the surgical group, p = 0.212).

Conclusion: Risk factors for EAL may help change pre-procedural optimization. The results of this study suggest including an endoscopic approach for EAL.

Introdução: A deiscência anastomótica após esofagectomia está associada a uma elevada taxa de mortalidade e qualidade de vida comprometida.

Objetivo: Avaliar a eficácia da abordagem da deiscência de anastomose esofágica após esofagectomia por neoplasia do esófago e da junção esofagogastrica (JEG).

Métodos: Foram revistos retrospetivamente todos os doentes submetidos a esofagectomia por neoplasia do esófago e da JEG num hospital terciário entre 2014 e 2019 (n = 119) e analisados os fatores de risco e as diferentes abordagens na deiscência anastomótica.

Resultados: A idade avançada e a presença de metastização ganglionar foram identificados como fatores de risco independentes para deiscência anastomótica (OR 1.06, 95% IC 1.00–1.13 e 4.89, IC 1.09–21.8). Os doentes com deiscência anastomótica estiveram mais dias internados na unidade de cuidados intensivos (UCI) (mediana 14 vs. 4 dias) e tiveram uma mortalidade aos 30 dias e intra-hospitalar mais elevada (15% vs. 2% e 35% vs. 4%, respectivamente). A primeira abordagem terapêutica foi cirúrgica em 13 doentes, endoscópica em 10 e conservadora em 3. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre estes doentes, com uma tendência para a presença de sépsis e de deiscências de maior dimensão nos doentes abordados cirurgicamente. Durante o seguimento, 3 doentes do grupo cirúrgico (23%) e 9 do grupo endoscópico (90%) tiveram alta hospitalar sob dieta oral (p = 0.001). A taxa de mortalidade intra-hospitalar foi de 38% no grupo cirúrgico, 33% no grupo conservador e 10% no grupo endoscópico (p = 0.132). Nos doentes com deiscência anastomótica, a presença de choque sético ao diagnóstico foi o único preditor de mortalidade (p = 0.004). O tempo de internamento na UCI não foi significativamente menor no grupo submetido a tratamento endoscópico (mediana de 4 dias vs. 16 dias no grupo cirúrgico, p = 0.212).

Conclusão: A identificação de fatores de risco para deiscência anastomótica após esofagectomia pode ajudar a alterar a optimização pré-procedimento. Os resultados deste estudo sugerem incluir uma abordagem endoscópica nos doentes com deiscência anastomótica.

Keywords: Anastomotic leakage; Endoscopic treatment; Esophageal cancer; Esophagectomy.

Grants and funding

The authors have not declared a specific grant for this research from any funding agency in the public, commercial, or not-for-profit sectors.