Role of Intestinal Ultrasound in the Evaluation of Postsurgical Recurrence in Crohn's Disease: Correlation with Endoscopic Findings

GE Port J Gastroenterol. 2021 Aug 12;29(3):178-186. doi: 10.1159/000517999. eCollection 2022 May.

Abstract

Introduction: Endoscopy remains the exam of choice in the evaluation of activity in Crohn's disease (CD) after surgery (ACD-AS). However, intestinal ultrasound (IUS) may represent a noninvasive alternative. The objective of this study is to determine the diagnostic accuracy of this modality compared to endoscopy.

Material and methods: This is a cross-sectional study, comprising a period of 14 months, carried out in patients with established CD and ileocecal resection due to the disease. IUS (HI-VISION Avius®, Tokyo, Japan) was performed with linear probe B-mode/Doppler prior to ileocolonoscopy. IUS and ileocolonoscopy were performed on the same day by 2 specialists in Gastroenterology dedicated to ultrasound and inflammatory bowel disease, in a double-blind mode. Collected demographic and clinical data (Harvey-Bradshaw Index [HBI]; remission ≤4), serological/fecal inflammatory parameters (leukocytes [4-10 × 109 cells/L], C-reactive protein [≤0.5 mg/dL], and fecal calprotectin [<50 mg/kg]), endoscopy (Rutgeerts score: remission <i2), and ultrasound (intestinal wall thickening [≤3 mm] and digestive wall vascularization using the semiquantitative score of Limberg [absent = 0, sparse = 1, moderate = 2, and marked = 3]).

Results: Thirty-nine patients (female: 64.1%, mean age: 43.5 ± 15.3 years) were included. The median post-surgery follow-up was 9 years (IQR 3-12). The Montreal classification was as follows: L1, 61.5% (n = 24); L3, 38.5% (n = 15); B1 and B2, 28.2% (n = 11); and B3, 43.6% (n = 17). Most patients were in clinical remission (87.2%; n = 34), with a mean HBI of 2.1 ± 2.2. Twenty-two patients (56.4%) had normal inflammatory markers. IUS (intestinal wall thickening >3 mm and/or Limberg score >1) was abnormal in 61.5% (n = 24) of the cases. Endoscopic remission (Rutgeerts score <i2) in 53.8% (n = 21) of the cases. Compared to endoscopy, IUS (area under the receiver operating characteristic curve [AUROC] = 0.75, p = 0.007) showed a diagnostic accuracy superior to that of inflammatory parameters (AUROC = 0.66, p = 0.083) and clinical parameters (AUROC = 0.64, p = 0.139). IUS showed a moderate concordance with endoscopy (κ = 0.5, p = 0.001), which was higher than that with inflammatory parameters (ĸ = 0.33, p = 0.041) or clinical parameters (ĸ = 0.29, p = 0.01).

Conclusions: Ultrasound evaluation of the digestive wall is a noninvasive technique that shows a good diagnostic accuracy and a moderate concordance with endoscopy, being superior to clinical and serological/fecal inflammatory parameters.

Introdução: A endoscopia permanece o exame de eleição na avaliação da atividade da Doença de Crohn (DC) póscirurgia (ADC-PC). No entanto, a ecografia dirigida à parede digestiva (Eco-PD) pode representar uma alternativa não-invasiva. O objetivo do trabalho é determinar a acurácia diagnóstica e concordância desta modalidade comparativamente à endoscopia.

Materiais e métodos: Estudo transversal, compreendendo um período de 14 meses, efetuado a doentes com DC estabelecida e resseção ileocecal pela doença. Realizada Eco-PD (HI-VISION Avius®, Tokyo, Japan) com sonda linear em modo-B/Doppler previamente à ileocolonoscopia. A Eco-PD e ileocolonoscopia foram realizadas no mesmo dia por 2 especialistas dedicados a ecografia e doença inflamatória intestinal, de forma duplamente cega. Recolhidos dados demográficos, clínicos (índice Harvey-Bradshaw [HBI; remissão: ≤4]), parâmetros inflamatórios serológicos/fecais (leucócitos [4 < N < 10 × 109 células/L], proteína C reativa [≤0,5 mg/dL], calprotectina fecal [N <50 mg/kg]), endoscópicos (score Rutgeerts: remissão < i2) e ecográficos (espessamento [N ≤ 3mm] e vascularização da parede digestiva pelo score semi-quantitativo de Limberg [ausente = 0; escassa = 1; moderada = 2; marcada = 3]).

Resultados: Incluídos 39 doentes (sexo feminino: 64,1%, idade média: 43,5 ± 15,3 anos). Seguimento mediano pós-cirurgia de 9 anos (IQR 9). Classificação Montreal: L1 61,5% (n = 24), L3 38,5% (n = 15), B1 e B2 28,2% (n = 11) e B3 43,6% (n = 17).A maioria estava em remissão clínica (87,2%; n = 34) com HBI médio de 2,1 ± 2,2. Vinte e dois doentes (56,4%) tinham marcadores inflamatórios dentro de parâmetros normais. A Eco-PD (espessamento parede intestinal >3 mm e/ou Limberg >1) foi anormal em 61,5% (n = 24). Remissão endoscópica (Rutgeerts < i2) em 53,8% (n = 21). Comparativamente à endoscopia, a Eco-PD (AUROC 0,75; p = 0,007) mostrou acuidade diagnóstica superior aos parâmetros inflamatórios (AUROC 0,66; p = 0,083) e clínica (AUROC 0,64; p = 0,139). A ecografia mostrou uma moderada concordância com a endoscopia (ĸ = 0,5; p = 0,001), superior aos parâmetros inflamatórios (ĸ = 0,33, p = 0,041) ou clínica (ĸ = 0,29, p = 0,01).

Conclusões: A avaliação ecográfica da parede digestiva é uma técnica não invasiva que mostrou uma boa acuidade diagnóstica e uma concordância moderada com a endoscopia, superior à clínica e parâmetros inflamatórios serológicos/fecais.

Keywords: Crohn disease; Intestinal ultrasound; Postsurgical recurrence.