Phenotype-Genotype Correlation in Colorectal Cancer: A Real-Life Study

GE Port J Gastroenterol. 2021 May 27;29(1):13-21. doi: 10.1159/000516009. eCollection 2022 Jan.

Abstract

Background and aims: Colorectal cancer (CRC) is a heterogeneous disease with distinctive genetic pathways, such as chromosomal instability, microsatellite instability and methylator pathway. Our aim was to correlate clinical and genetic characteristics of CRC patients in order to understand clinical implications of tumour genotype.

Methods: Single-institution retrospective cohort of patients who underwent curative surgery for CRC, from 2012 to 2014. RAS and BRAF mutations were evaluated with the real-time PCR technique Idylla®. Mismatch repair deficiency (dMMR) was characterized by absence of MLH1, MSH6, MSH2 and/or PMS2 expression, evaluated by tissue microarrays. Overall survival (OS) and disease-free survival (DFS) were assessed using survival analysis.

Results: Overall, 242 patients were included (males 57.4%, age 69.3 ± 12.9 years; median follow-up 49 months). RAS-mutated tumours were associated with reduced DFS (p = 0.02) and OS (p = 0.045) in stage I-III CRC. BRAF-mutated tumours were more predominant in females and in the right colon, similarly to dMMR tumours. BRAF status did not influence OS (4 years)/DFS (3.5 years) in stage I-III disease. However, after relapse, length of survival was 3.5 months in BRAF-mutated tumours in contrast to 18.6 months in BRAF wild-type tumours (p = NS). No germline mutations in mismatch repair genes were so far identified in the patients with dMMR tumours. Molecular phenotype (RAS, BRAF and MMR) did not influence OS in metastatic patients. Our small sample size may be a limitation of the study.

Conclusion: In our cohort, RAS-mutated tumours were associated with worse DFS and OS in early-stage CRC, whereas the remaining molecular variables had no prognostic influence.

Introdução: O cancro colo-rectal (CCR) é uma doença heterogénea, com vias genéticas distintas, nomeadamente instabilidade cromossómica, instabilidade de microssatélites e via metiladora. O nosso objetivo foi correlacionar as características clínicas e genéticas dos doentes com CCR e, deste modo, conhecer as implicações na prática clínica do genótipo tumoral.

Métodos: Estudo de coorte retrospectivo unicêntrico de doentes diagnosticados com CCR e submetidos a cirurgia com intuito curativo, entre 2012 e 2014. As mutações RAS e BRAF foram avaliadas pela técnica de real time PCR Idylla®. A deficiência de mismatch repair (MMR) foi avaliada pela técnica de tissue microarrays e definida pela ausência de expressão de MLH1, MSH6, MSH2 e/ou PMS2. A sobrevivência global (SG) e a sobrevivência livre de doença (SLD) foram avaliadas por análise de sobrevivência.

Resultados: No total, foram incluídos 242 doentes (homens 57.4%, idade 69.3 ± 12.9 anos, mediana de seguimento de 49 meses). Os tumores RAS-mutados associaram-se a menor SLD (p = 0.02) e SG (p = 0.045) em doentes com CCR estadio I–III. Os tumores BRAF-mutados foram mais frequentes em mulheres e nos tumores do cólon direito, assim como os tumores com deficiência para MMR. O status BRAF não influenciou a SG (4 anos)/SLD (3.5 anos) nos estadio I–III. Contudo, após a recidiva, o tempo de sobrevivência foi de 3.5 meses nos tumores BRAF-mutados, em comparação com 18.6 meses nos tumores sem esta mutação (p = NS). Não se identificaram mutações germinativas nos genes de mismatch repair nos doentes com tumores deficientes para estas proteinas (dMMR). O perfil molecular (RAS, BRAF e MMR) não influenciou a sobrevivência global dos doentes com metástases ao diagnóstico. O tamanho da amostra pode ser uma limitação do estudo.

Conclusão: Na nossa coorte, os tumores RASmutados associaram-se a pior SLD e SG nos estádios precoces de CCR. Os restantes marcadores moleculares não influenciaram o prognóstico dos doentes.

Keywords: BRAF; Disease-free survival; Mismatch repair; Overall survival; RAS; Tumour heterogeneity.