COVID-19 in Gastroenterology Departments: The Impact of the First Wave

GE Port J Gastroenterol. 2021 May 17;4(6):1-7. doi: 10.1159/000516019.

Abstract

Introduction: Coronavirus disease 2019 (COVID-19) is a global pandemic that has severely affected health care systems around the world. During the emergency state declared in Portugal in the months of March and April 2020, there was a severe reduction in medical activity in order to reduce the pressure on health systems. This study aimed to assess the impact of COVID-19 in gastroenterology departments across Portugal and the strategies developed to overcome this challenge.

Methods: This was a cross-sectional study based on an online survey. A detailed questionnaire concerning different aspects of gastroenterology department activity was sent via e-mail to the heads of gastroenterology departments of Portuguese District Hospitals (Núcleo de Gastroenterologia dos Hospitais Distritais). Two periods were assessed, i.e., the emergency state and the recovery period between May and September. The responses were collected between September and October 2020.

Results: A total of 21 hospitals were enrolled (80.8% response rate). Twenty-eight percent of the responders reported healthcare professionals from their unit infected with COVID-19. At least 1 member (mostly fellows) of the department was deployed to another workplace in 66.7% of the hospitals. During the emergency state, 47.6% of the hospitals only performed urgent/emergent endoscopic procedures. In 38.5% of the hospitals the need to ration personal protective equipment led to the suspension of endoscopic training. Regarding the recovery period, nonurgent procedures were restarted in almost all of the centers. The same was reported for the colorectal cancer screening program. Remarkably, 81% of the responders confirmed that they had postponed procedures at patients' request for "fear of getting infected." Remote consultation was maintained in 81% of the hospitals. Globally, the fellows had resumed their training.

Discussion/conclusion: This study provides a snapshot of the impact and consequences of the first wave of the COVID-19 pandemic across Portuguese hospitals. It is important to understand how the gastroenterology world dealt with the first impact of COVID-19 and what strategies were implemented in order to better prepare for what might follow.

Introdução: A doença por coronavirus 19 (COVID-19) é uma pandemia global que afetou gravemente os serviços de saúde em todo o mundo. Durante o estado de emergência declarado em Portugal nos meses de Março e Abril de 2020, verificou-se uma redução importante na atividade médica. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da COVID-19 nos Serviços de Gastroenterologia portugueses e as estratégias implementadas para fazer face a este desafio.

Métodos: Tratou-se de um estudo transversal baseado num inquérito online. Um questionário pormenorizado acerca de diferentes aspetos da atividade dum Serviço de Gastroenterologia foi enviado por email para os Diretores de Serviço de Gastroenterologia dos Hospitais Distritais. Foram avaliados dois períodos: o estado de emergência e o período de recuperação entre maio e setembro. Foram registadas as respostas entre setembro e outubro 2020.

Resultados: Responderam 21 Hospitais (taxa de resposta: 80,8%). Vinte e oito porcento dos inquiridos tiveram profissionais da sua unidade infectados com COVID-19. Pelo menos um elemento foi mobilizado para outro local de trabalho em 66,7% dos hospitais, maioritariamente internos de formação específica de Gastroenterologia. Durante o estado de emergência, 47,6% dos Hospitais só realizaram endoscopias urgentes/emergentes. Em 38,5%, a necessidade de racionamento de equipamento de proteção individual levou à suspensão do treino em endoscopia. Relativamente ao período de recuperação, os procedimientos não urgentes foram retomados na maioria dos centros. O mesmo se verificou para o programa de rastreio do cancro colorectal. Salienta-se que 81% dos inquiridos confirmaram que adiaram exames a pedido dos doentes por “medo de ficarem infetados”. Mantiveram-se consultas nãopresenciais em 81% dos Hospitais. De modo geral, as atividades de formação dos internos foram progressivamente retomadas.

Discussão/conclusão: Este estudo oferece o retrato do impacto e consequências da primeira vaga da pandemia nos Hospitais portugueses. É importante compreender como os Serviços de Gastrenterologia nacionais lidaram com o primeiro impacto da COVID-19 e que estratégias foram implementadas de forma a melhor preparar o que se segue.

Keywords: COVID-19; Endoscopy; Fellowship; Pandemic; Telehealth.