Comparison of SAPS 3 performance in patients with and without solid tumor admitted to an intensive care unit in Brazil: a retrospective cohort study

Rev Bras Ter Intensiva. 2020 Oct-Dec;32(4):521-527. doi: 10.5935/0103-507X.20200089.
[Article in Portuguese, English]

Abstract

Objective: To compare the performance of the Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3) in patients with and without solid cancer who were admitted to the intensive care unit of a comprehensive oncological hospital in Brazil.

Methods: We performed a retrospective cohort analysis of our administrative database of the first admission of adult patients to the intensive care unit from 2012 to 2016. The patients were categorized according to the presence of solid cancer. We evaluated discrimination using the area under the Receiver Operating Characteristic curve (AUROC) and calibration using the calibration belt approach.

Results: We included 7,254 patients (41.5% had cancer, and 12.1% died during hospitalization). Oncological patients had higher hospital mortality than nononcological patients (14.1% versus 10.6%, respectively; p < 0.001). SAPS 3 discrimination was better for oncological patients (AUROC = 0.85) than for nononcological patients (AUROC = 0.79) (p < 0.001). After we applied the calibration belt in oncological patients, the SAPS 3 matched the average observed rates with a confidence level of 95%. In nononcological patients, the SAPS 3 overestimated mortality in those with a low-middle risk. Calibration was affected by the time period only for nononcological patients.

Conclusion: SAPS 3 performed differently between oncological and nononcological patients in our single-center cohort, and variation over time (mainly calibration) was observed. This finding should be taken into account when evaluating severity-of-illness score performance.

Objetivo: Comparar o desempenho do Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3) em pacientes com e sem tumor sólido admitidos à unidade de terapia intensiva de um hospital oncológico.

Métodos: Realizamos a análise de uma coorte retrospectiva em nossa base de dados administrativa da primeira admissão de pacientes adultos à unidade de terapia intensiva entre 2012 e 2016. Os pacientes foram classificados segundo a presença de tumor sólido. Avaliamos a discriminação utilizando a área sob a curva Características de Operação do Receptor (ASC COR) e a calibração com uso da abordagem com faixa de calibração.

Resultados: Incluímos 7.254 pacientes (41,5% tinham câncer e 12,1% morreram durante a hospitalização). Os pacientes oncológicos tiveram maior mortalidade hospitalar do que os não oncológicos (respectivamente, 14,1% e 10,6%; p < 0,001). A discriminação do SAPS 3 foi melhor para os pacientes oncológicos (ASC COR = 0,85) do que para os não oncológicos (ASC COR = 0,79) (p < 0,001). Após aplicar a abordagem com faixa de calibração para pacientes oncológicos, o SAPS 3 atingiu as taxas médias observadas com intervalo de confiança de 95%. Em pacientes não oncológicos, o SAPS 3 superestimou a mortalidade nos pacientes com risco baixo a moderado. A calibração foi afetada pelo tempo apenas nos casos de pacientes não oncológicos.

Conclusão: O SAPS 3 teve desempenho distinto para pacientes oncológicos e não oncológicos em nossa coorte de um único centro, observando-se variação (principalmente da calibração) ao longo do tempo. Esses achados devem ser levados em consideração ao avaliar o desempenho de escore de doença grave.

Objetivo: Comparar o desempenho do Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3) em pacientes com e sem tumor sólido admitidos à unidade de terapia intensiva de um hospital oncológico.

Métodos: Realizamos a análise de uma coorte retrospectiva em nossa base de dados administrativa da primeira admissão de pacientes adultos à unidade de terapia intensiva entre 2012 e 2016. Os pacientes foram classificados segundo a presença de tumor sólido. Avaliamos a discriminação utilizando a área sob a curva Características de Operação do Receptor (ASC COR) e a calibração com uso da abordagem com faixa de calibração.

Resultados: Incluímos 7.254 pacientes (41,5% tinham câncer e 12,1% morreram durante a hospitalização). Os pacientes oncológicos tiveram maior mortalidade hospitalar do que os não oncológicos (respectivamente, 14,1% e 10,6%; p < 0,001). A discriminação do SAPS 3 foi melhor para os pacientes oncológicos (ASC COR = 0,85) do que para os não oncológicos (ASC COR = 0,79) (p < 0,001). Após aplicar a abordagem com faixa de calibração para pacientes oncológicos, o SAPS 3 atingiu as taxas médias observadas com intervalo de confiança de 95%. Em pacientes não oncológicos, o SAPS 3 superestimou a mortalidade nos pacientes com risco baixo a moderado. A calibração foi afetada pelo tempo apenas nos casos de pacientes não oncológicos.

Conclusão: O SAPS 3 teve desempenho distinto para pacientes oncológicos e não oncológicos em nossa coorte de um único centro, observando-se variação (principalmente da calibração) ao longo do tempo. Esses achados devem ser levados em consideração ao avaliar o desempenho de escore de doença grave.

MeSH terms

  • Adult
  • Brazil
  • Cohort Studies
  • Hospitalization
  • Humans
  • Intensive Care Units
  • Neoplasms*
  • Retrospective Studies
  • Simplified Acute Physiology Score*