Introduction: Post-thrombotic syndrome is a frequent and disabling complication of deep venous thrombosis. Its incidence is not described in the Portuguese population. The objective of this study is to report the incidence and severity of post-thrombotic syndrome after the initial episode of deep venous thrombosis.
Material and methods: This is an observational, unicentric, retrospective cohort of patients who had a first episode of deep venous thrombosis in the lower limb, documented with duplex ultrasound (n = 101). The modified Villalta score was applied by phone interview for the diagnosis and staging of post-thrombotic syndrome. The quality of life of patients was measured with the modified CIVIQ 14 classification.
Results: Median follow-up time was six years (interquartile range 1). Severe post-thrombotic syndrome was present in 27% of patients and moderate in 33%. Performing physical activity at the time of the interview was associated with lower incidence of post-thrombotic syndrome (relative risk 0.489; 95% confidence interval = 0.320 - 0.748). Body weight gain after deep venous thrombosis (relative risk 2.188; 95% confidence interval 1.137 - 4.210) and lower education levels (relative risk 2.005; 95% confidence interval 1.297 - 3.098) were associated positively with post-thrombotic syndrome. Quality of life was 90 ± 17 vs 64 ± 18 vs 43 ± 15 in patients without postthrombotic syndrome, with moderate post-thrombotic syndrome and with severe post-thrombotic syndrome, respectively (p < 0.001).
Discussion: The long-term incidence of post-thrombotic syndrome in a cohort of patients from Northern Portugal is higher than in other studies and correlates with worse adjusted CIVIQ-14 scores.
Conclusion: Large studies of prospective nature could provide more definitive evidence.
Introdução: A síndrome pós-trombótica é uma complicação frequente da trombose venosa profunda, contudo a incidência em Portugal é desconhecida. O principal objetivo é determinar a incidência e gravidade da síndrome pós-trombótica após primeiro episódio de trombose venosa profunda. Material e Métodos: Estudo de coorte observacional, unicêntrico e retrospetivo de doentes com primeiro episódio de trombose venosa profunda do membro inferior documentado por eco-doppler (n = 101). O score Villalta modificado foi aplicado por entrevista telefónica para diagnóstico e categorização da síndrome pós-trombótica. A qualidade de vida dos pacientes foi avaliada pela classificação CIVIQ -14 ajustada. Resultados: A mediana do tempo de seguimento foi de seis anos. A síndrome pós-trombótica grave esteve presente em 27% e moderada em 33%. A prática de atividade física no momento da entrevista esteve associada a uma menor incidência de síndrome pós-trombótica (risco relativo = 0,489; intervalo de confiança de 95% = 0,320 - 0,748). O aumento de peso após trombose venosa profunda (risco relativo = 2,188; intervalo de confiança de 95% = 1,137 - 4,210) e menores habilitações literárias (risco relativo = 2,005; intervalo de confiança de 95% = 1,297 - 3,098) revelaram associação positiva com síndrome pós-trombótica. A qualidade de vida correlacionou-se com a síndrome pós-trombótica, sendo 90 ± 17, 64 ± 18 e 43 ± 15 em doentes sem síndrome pós-trombótica, com síndrome pós-trombótica moderada e com síndrome pós-trombótica severa, respetivamente (p < 0,001). Discussão: Nesta coorte de doentes no Norte de Portugal, a incidência a longo prazo da síndrome pós-trombótica é superior a outros estudos e correlaciona-se com piores resultados na classificação CIVIQ-14 ajustada. Conclusão: Estudos prospetivos são necessários para maior evidência.
Keywords: Postthrombotic Syndrome; Quality of Life; Venous Insufficiency.