Quality of life, work ability, and facial deformities

Rev Bras Med Trab. 2018 Sep 1;16(3):318-326. doi: 10.5327/Z1679443520180278. eCollection 2018.

Abstract

Background: The face plays a central role in interpersonal relationships. Individuals with congenital or acquired facial deformities might experience difficulties with interpersonal relationships. Treatment should seek to improve their quality of life and work ability.

Objective: To analyze the health-related quality of life and work ability of individuals with facial deformities.

Method: Study with mixed, quantitative and qualitative methods. We conducted semi-structured interviews on health-related quality of life and its implications for work with 16 individuals with facial deformities, eight cases of congenital and eight of acquired deformities, cared at specialized services in Salvador, Bahia, Brazil. The Work Ability Index (WAI) and 36-Item Short-Form Health Survey were administered.

Results: Thematic analysis led us to detect two categories of themes associated with facial deformities: interpersonal relationships and work ability; and quality of life and access to treatment. The participants with acquired facial deformities exhibited lower educational level and income, and lower quality of life and WAI scores compared to the ones with congenital deformities. All the participants with congenital deformities had received some form of rehabilitation and their social relationships were less impaired.

Conclusions: Individuals with acquired facial deformities exhibited poorer work ability and quality of life compared to the ones with congenital deformities. Early rehabilitation of congenital deformities seems to considerably improve work ability and health-related quality of life.

Introdução: A face exerce papel central nas relações interpessoais. Pessoas com deformidades faciais adquiridas ou congênitas tendem a apresentar dificuldades nas relações interpessoais. O tratamento desses pacientes deve visar à melhoria de sua qualidade de vida e da capacidade para o trabalho.

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde e a capacidade para o trabalho de pessoas com deformidades faciais.

Método: Estudo misto de abordagem qualitativa e quantitativa. Entrevistas semiestruturadas sobre qualidade de vida em saúde e implicações no trabalho foram realizadas com 16 pessoas com deformidades faciais, oito congênitas e oito adquiridas, procedentes de serviços de atenção especializada de Salvador, Bahia. Aplicaram-se os questionários Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e 36-Item Short-Form Health Survey.

Resultados: A análise temática permitiu identificar duas categorias associadas às deformidades faciais: relações interpessoais e capacidade para o trabalho; e qualidade de vida e acesso a tratamento. Indivíduos com deformidades faciais adquiridas apresentaram menor escolaridade, renda e índices mais baixos nos indicadores de qualidade de vida e ICT, quando comparados aos do grupo com deformidades congênitas. Todos com deformidades congênitas receberam algum tipo de reabilitação e apresentaram menor comprometimento das relações sociais.

Conclusões: Pessoas com deformidades faciais adquiridas apresentam maior comprometimento da sua capacidade para o trabalho e qualidade de vida do que aquelas com deformidades faciais congênitas. A reabilitação precoce das anormalidades congênitas parece exercer papel importante na melhora dos índices de ICT e de qualidade de vida em saúde.

Keywords: maxillofacial abnormalities; quality of life; rehabilitation; work capacity evaluation.