Sociodemographic and organizational factors associated with musculoskeletal symptoms among intensive care unit professionals

Rev Bras Med Trab. 2018 Sep 1;16(3):263-269. doi: 10.5327/Z1679443520180240. eCollection 2018.

Abstract

Background: The heavy and complex work routine in the intensive care unit (ICU) involves high workload, long working hours, high levels of tension, exposure to extreme situations and to hazards of different nature.

Objective: To investigate the influence of sociodemographic and organizational factors on the development of musculoskeletal pain, tension and fatigue among ICU professionals.

Methods: We interviewed 128 professionals from seven public hospitals in João Pessoa, Paraiba, Brazil.The data were analyzed using a logistic regression model, and differences between professional categories by means of the likelihood ratio, the Wald and χ2 tests, with significance level set to <0.05.

Results: The risk to develop musculoskeletal symptoms differed as a function of the participants' professional category.The odds of nursing technicians to simultaneously develop musculoskeletal pain, fatigue and tension were 4.968 times higher (p=0.023) compared to physicians, nurses and physical therapists.This difference was mediated by factors such as sex, body mass index and number of ICU jobs.Nursing technicians were the most exposed group, and thus they require more attention as concerns workplace health interventions.

Conclusions: The participants had long working hours, and differed in regard to the most frequent musculoskeletal complaints as a function of the specificities inherent to the activities of each professional category.

Introdução: O trabalho intenso e complexo das unidades de terapia intensiva (UTI) envolve alta carga e longas jornadas de trabalho, contato direto com situações limite, elevado nível de tensão e exposição a riscos de diversas naturezas.

Objetivo: Avaliar a interferência dos fatores sociodemográficos e organizacionais no surgimento de dor, tensão e fadiga musculoesquelética em profissionais nas UTIs.

Métodos: Entrevistaram-se 128 profissionais de sete hospitais da rede pública da cidade de João Pessoa, Paraíba.Os dados foram analisados usando o modelo de regressão logística, e as diferenças entre as categorias profissionais, pelo teste de Wald, razão de verossimilhança e teste de χ2, considerando como nível de significância <0,05.

Resultados: Identificou-se que as categorias profissionais são distintas em relação aos riscos para o surgimento de sintomas musculoesqueléticos.Os profissionais técnicos de Enfermagem apresentaram chance 4,968 (p=0,023) vezes maior de ter simultaneamente as queixas musculoesqueléticas de dor, fadiga e tensão se comparados aos profissionais médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, mediadas por fatores como gênero, índice de massa corpórea e quantidade de UTIs em que atuam, sendo, dessa forma, os profissionais mais expostos e que requerem mais atenção para intervenções de saúde no trabalho.

Conclusões: Têm-se profissionais com altas cargas horárias semanais, distintos em relação às queixas musculoesqueléticas de maior frequência decorrentes das especificidades inerentes de cada atividade.

Keywords: intensive care units; occupational hazards; occupational health.