Cross-Sectional Study to Assess Endoscopic Ultrasound Practice in Portugal

GE Port J Gastroenterol. 2019 Aug;26(5):333-345. doi: 10.1159/000495524. Epub 2019 Feb 7.

Abstract

Background: Despite the increasing number of national departments performing endoscopic ultrasound (EUS), there are no official data regarding clinical EUS practice in Portugal.

Objectives: We aimed to evaluate the current practice of EUS in Portugal.

Methods: By email, we invited 1 physician of each one of the 26 national Gastroenterology Departments which perform EUS to complete a survey questionnaire available on the Google Forms platform. The online questionnaire was available from September 2017 until February 2018 and was answered only by physicians who perform EUS.

Results: A total of 21/26 (80.8%) national Gastroenterology Departments answered the questionnaire. In Portugal, there are 42 echoendoscopes in total; most of the echoendoscopy units have only 1 EUS processor (81%), 1 radial echoendoscope (66.7%), 1 linear echoendoscope (76.2%), 1 anorectal probe (57.1%), but no miniprobes (85.7%). About 81% have histological core acquisition needles. In 81% of the units, there are at least 2 ultrasonographers who perform echoendoscopy together (at least 2 ultrasonographers per EUS) in 47.6% of these departments. The ultrasonographers also performed abdominal ultrasound (US), anal US, and endoscopic retrograde cholangiopancreatography in 71.4, 66.7, and 42.9%, respectively. The echoendoscopy units have 2.4 ± 1.1 periods of echoendoscopy per week and 4 ± 1.5 EUS per period (499.2 ± 416.8 EUS per year). Subepithelial lesions and biliopancreatic lesion evaluation as well as gastrointestinal neoplasia staging were the most common EUS indications. The number of FNA (fine-needle aspirations) ranges from 10 to 160/year. Rapid on-site evaluation (ROSE) is available in 60% of units and is performed by the cytopathologist (66.7%) in the majority of cases. The main reason for omitting ROSE is the limited pathology staff. Cytopathological material is prepared by the ultrasonographer in 25% of the units. Air drying (50%) and formalin (50%) are most frequently used to fix and preserve smears, respectively. Pancreatic pseudocyst drainage (66.7%), celiac plexus neurolysis (52.4%) and pancreatic necrosectomy (42.9%) are the most widespread therapeutic procedures.

Conclusions: This survey provides the first insight into the current status of digestive echoendoscopy in Portugal. There is a great variability in diagnostic and therapeutic echoendoscopy practice.

Introdução: Apesar do crescente número de serviços nacionais a realizar ecoendoscopia digestiva, não existem dados sobre a prática da ecoendoscopia no nosso país.

Objetivos: Pretendemos avaliar a prática da ecoendoscopia em Portugal.

Métodos: Por e-mail convidámos um elemento de cada dos 26 serviços nacionais de Gastrenterologia que realizam ecoendoscopia a preencher um questionário disponível na plataforma google forms. O questionário esteve disponível via online de setembro de 2017 a fevereiro de 2018 e foi respondido apenas por médicos que realizam ecoendoscopia.

Resultados: Obtivemos resposta de 21 dos 26 serviços convidados (80.8%). Em Portugal existe um total de 42 ecoendoscópios. A maioria das unidades possui 1 ecógrafo (81%), 1 ecoendoscópio radial (66.7%), 1 eco endoscópio linear (76.2%), 1 sonda rectal (57.1%) mas não dispõem de mini-sondas (85.7%). 81% dispõem de agulhas de aquisição de core histológico. Em 81% dos serviços existem pelo menos 2 ecoendoscopistas que realizam ecoendoscopia em conjunto em 47.6% dos serviços. Os ecoendoscopistas também realizam ecografia abdominal, ecografia anal e colangiopancreatografia retrógrada endoscópica em 71.4, 66.7 e 42.9% respectivamente. Os serviços têm em média 2.4 ± 1.1 períodos de ecoendoscopia/ semana realizando em média 4 ± 1.5 ecoendoscopia/ período (499.2 ± 416.8 ecoendoscopias/ano). A avaliação de lesões subepiteliais e bilio-pancreática, assim como o estadiamento de neoplasias do tubo digestivo são as indicações mais frequentes para a realização de ecoendoscopia. O número de punções diagnósticas guiadas por ecoendoscopia varia entre 10 e 160/ano. A maioria dos serviços (60%) dispõe de rapid on-site pathological evaluation (ROSE) que é realizada pelo citopatologista na maioria das vezes (66.7%). A carência de funcionários nas unidades de Anatomia Patológica é o principal motivo para a ausência de ROSE. A preparação do material citopatológico é realizada pelo ecoendoscopista em 25% dos serviços. A secagem ao ar (50%) e o formol (50%) são o método de fixação dos esfregaços e o meio de preservação mais usados, respetivamente. A drenagem de pseudocisto pancreático (66.7%), neurólise do plexo celíaco (52.4%) e necrosectomia pancreática (42.9%) são os procedimentos terapêuticos mais disseminados.

Conclusões: Este trabalho fornece os primeiros dados sobre a prática de ecoendoscopia digestiva em Portugal. Existe uma grande variabilidade nos exames diagnósticos e terapêuticos.

Keywords: Echoendoscopy; Endoscopic ultrasound; Portugal; Survey questionnaire.