Age and educational level effects on the performance of normal elderly on category verbal fluency tasks

Dement Neuropsychol. 2009 Jan-Mar;3(1):49-54. doi: 10.1590/S1980-57642009DN30100010.

Abstract

Cognitive decline, particularly executive dysfunction, is observed in normal aging. In Brazil, the elderly population presents broad educational diversity. Category verbal fluency tests are frequently used to detect cognitive impairment, assessing executive function, language and semantic memory.

Objective: To investigate the effects of age and education on category animal fluency task (CAF) in healthy elderly.

Methods: We evaluated 319 healthy elderly from outpatient care units of two university reference centers of Rio de Janeiro and São Paulo. The sample was divided into two age, and five schooling subgroups. To be included participants had to demonstrate preservation of global cognitive functioning, independence for activities of daily living and not fulfill diagnostic criteria for dementia. All participants were submitted to neurological and neuropsychological evaluations.

Results: There was a correlation between age and CAF performance (r= -0.26, p<0.01), which was not confirmed when years of education were included as a covariant in univariate ANCOVA. Significant differences were found in CAF performance among the different educational level groups on correlation analysis (r=0.42, p<0.01) and ANCOVA analysis (F=18.8, p<0.05). Illiteracy was associated with worst CAF performance, while university level was associated with best performance.

Conclusion: The best CAF performance was found in the first years of schooling (literacy learning process) compared to illiteracy, and when finishing high school and starting university courses compared to all other educational levels. These stages are associated with significant gains in semantic memory and executive function which are critical for verbal fluency performance.

Declínio cognitivo, particularmente o funcionamento executivo é observado com aumento da idade em idosos saudáveis. No Brasil, a população idosa apresenta grande diversidade educacional. A fluência verbal semântica é um teste freqüentemente usado para detectar comprometimento cognitivo, avaliando funções executivas, linguagem e memória semântica.

Objetivo: Investigar o efeito da idade e níveis educacionais na fluência semântica de animais em idosos saudáveis.

Métodos: A amostra foi composta de 319 idosos saudáveis, divididos em duas categorias de idade e cinco níveis de escolaridade, provenientes de centros universitários de referência do Rio de Janeiro e São Paulo. Todos apresentaram: preservação do funcionamento cognitivo global, independência nas atividades da vida diária e não preencher critérios para demência. Todos os participantes foram submetidos à avaliação neurológica e neuropsicológica.

Resultados: Houve correlação entre idade e desempenho na tarefa de fluência verbal animais (r= –0,26, p<0,01), não confirmada quando os anos de escolaridade foram incluídos como covariante no ANCOVA univariado. Diferenças significativas foram encontradas entre escolaridade e desempenho da fluência verbal animais tanto na análise de correlação (r=0,42, p<0,01) quanto na análise ANCOVA (F=18,8, p<0,05). Analfabetismo foi associado ao pior desempenho, enquanto o nível universitário foi associado com o melhor desempenho na fluência verbal de animais.

Conclusão: A maior diferença de desempenho na fluência verbal animais foi encontrada nos primeiros anos de escolarização (processo de aprendizagem da alfabetização) quando comparado com os analfabetos e quando se finaliza o ensino médio e ingressa na universidade comparado aos demais níveis de escolaridade. Estes estágios estão associados com o aperfeiçoamento da memória semântica e de funções executivas, que são essenciais para o desempenho no teste de fluência verbal.

Keywords: aged; animal fluency; educational status.