Use of the Coding Causes of Death in HIV in the classification of deaths in Northeastern Brazil

Rev Saude Publica. 2017:51:88. doi: 10.11606/S1518-8787.2017051000124. Epub 2017 Sep 21.
[Article in English, Portuguese]

Abstract

Objective: Describe the coding process of death causes for people living with HIV/AIDS, and classify deaths as related or unrelated to immunodeficiency by applying the Coding Causes of Death in HIV (CoDe) system.

Methods: A cross-sectional study that codifies and classifies the causes of deaths occurring in a cohort of 2,372 people living with HIV/AIDS, monitored between 2007 and 2012, in two specialized HIV care services in Pernambuco. The causes of death already codified according to the International Classification of Diseases were recoded and classified as deaths related and unrelated to immunodeficiency by the CoDe system. We calculated the frequencies of the CoDe codes for the causes of death in each classification category.

Results: There were 315 (13%) deaths during the study period; 93 (30%) were caused by an AIDS-defining illness on the Centers for Disease Control and Prevention list. A total of 232 deaths (74%) were related to immunodeficiency after application of the CoDe. Infections were the most common cause, both related (76%) and unrelated (47%) to immunodeficiency, followed by malignancies (5%) in the first group and external causes (16%), malignancies (12 %) and cardiovascular diseases (11%) in the second group. Tuberculosis comprised 70% of the immunodeficiency-defining infections.

Conclusions: Opportunistic infections and aging diseases were the most frequent causes of death, adding multiple disease burdens on health services. The CoDe system increases the probability of classifying deaths more accurately in people living with HIV/AIDS.

Objetivo: Descrever o processo de codificação das causas de morte em pessoas vivendo com HIV/Aids, e classificar os óbitos como relacionados ou não relacionados à imunodeficiência aplicando o sistema Coding Causes of Death in HIV (CoDe).

Métodos: Estudo transversal, que codifica e classifica as causas dos óbitos ocorridos em uma coorte de 2.372 pessoas vivendo com HIV/Aids acompanhadas entre 2007 e 2012 em dois serviços de atendimento especializado em HIV em Pernambuco. As causas de óbito já codificadas a partir da Classificação Internacional de Doenças foram recodificadas e classificadas como óbitos relacionados e não relacionados à imunodeficiência pelo sistema CoDe. Foram calculadas as frequências dos códigos CoDe das causas do óbito em cada categoria de classificação.

Resultados: Ocorreram 315 (13%) óbitos no período do estudo; 93 (30%) tinham como causa uma doença definidora de Aids da lista do Centers for Disease Control and Prevention. No total 232 óbitos (74%) foram relacionados à imunodeficiência após aplicar o CoDe. As infecções foram as causas mais comuns, tanto nos óbitos relacionados (76%) como não relacionados (47%) à imunodeficiência, seguindo-se de malignidades (5%) no primeiro grupo e de causas externas (16%), malignidades (12%) e doenças cardiovasculares (11%) no segundo. A tuberculose compreendeu 70% das infecções definidoras de imunodeficiência.

Conclusões: Infecções oportunistas e doenças do envelhecimento foram as causas mais frequentes de óbito, imprimindo carga múltipla de doenças aos serviços de saúde. O sistema CoDe aumenta a probabilidade de classificar os óbitos com maior precisão em pessoas vivendo com HIV/Aids.

OBJETIVO: Descrever o processo de codificação das causas de morte em pessoas vivendo com HIV/Aids, e classificar os óbitos como relacionados ou não relacionados à imunodeficiência aplicando o sistema Coding Causes of Death in HIV (CoDe).

MÉTODOS: Estudo transversal, que codifica e classifica as causas dos óbitos ocorridos em uma coorte de 2.372 pessoas vivendo com HIV/Aids acompanhadas entre 2007 e 2012 em dois serviços de atendimento especializado em HIV em Pernambuco. As causas de óbito já codificadas a partir da Classificação Internacional de Doenças foram recodificadas e classificadas como óbitos relacionados e não relacionados à imunodeficiência pelo sistema CoDe. Foram calculadas as frequências dos códigos CoDe das causas do óbito em cada categoria de classificação.

RESULTADOS: Ocorreram 315 (13%) óbitos no período do estudo; 93 (30%) tinham como causa uma doença definidora de Aids da lista do Centers for Disease Control and Prevention. No total 232 óbitos (74%) foram relacionados à imunodeficiência após aplicar o CoDe. As infecções foram as causas mais comuns, tanto nos óbitos relacionados (76%) como não relacionados (47%) à imunodeficiência, seguindo-se de malignidades (5%) no primeiro grupo e de causas externas (16%), malignidades (12%) e doenças cardiovasculares (11%) no segundo. A tuberculose compreendeu 70% das infecções definidoras de imunodeficiência.

CONCLUSÕES: Infecções oportunistas e doenças do envelhecimento foram as causas mais frequentes de óbito, imprimindo carga múltipla de doenças aos serviços de saúde. O sistema CoDe aumenta a probabilidade de classificar os óbitos com maior precisão em pessoas vivendo com HIV/Aids.

MeSH terms

  • AIDS-Related Opportunistic Infections / mortality*
  • Acquired Immunodeficiency Syndrome / complications
  • Acquired Immunodeficiency Syndrome / mortality*
  • Algorithms
  • Brazil / epidemiology
  • Cause of Death*
  • Clinical Coding*
  • Cross-Sectional Studies
  • Female
  • Humans
  • International Classification of Diseases
  • Male