[Bone Fractures in a Neonatal Intensive Care Unit]

Acta Med Port. 2015 Mar-Apr;28(2):204-8. Epub 2015 May 29.
[Article in Portuguese]

Abstract

Introduction: Fractures during the neonatal period are rare. Some fractures, especially long bones, may occur during birth. Moreover, neonates hospitalized in the Neonatal Intensive Care Unit have an increased risk of fractures for several reasons.

Objective: To evaluate the incidence and characterize fractures in newborns admitted in a tertiary Neonatal Intensive Care Unit.

Material and methods: A retrospective analysis of the newborns admitted to the Neonatal Intensive Care Unit with a diagnosis at discharge of one or more bone fractures from January 1996 to June 2013.

Results: Eighty neonates had one or more fractures. In 76 (95%) infants the fractures were attributed to birth injury. The most common fracture was the clavicle fracture in 60 (79%) neonates, followed by skull fracture in 6 (8%). In two (2.5%) neonates, extremely low birth weight infants, fractures were interpreted as resulting from osteopenia of prematurity. Both had multiple fractures, and one of them with several ribs.

Conclusion: A change in obstetric practices allied to improvement premature neonateâÄôs care contributed to the decreased incidence of fractures in neonatal period. But in premature infants the diagnosis may be underestimated, given the high risk of fracture that these infants present.

Introdução: As fraturas ósseas são raras durante o período neonatal. Algumas das fraturas, sobretudo as de ossos longos, podem ocorrer durante o parto. Por outro lado, os recém-nascidos internados em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais têm um risco aumentado de fraturas ósseas por várias razões.Objetivo: Avaliar a incidência e caracterizar as fraturas ósseas nos recém-nascidos internados numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais nível III.Material e Métodos: Análise retrospetiva dos recém-nascidos internados na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais com o diagnóstico na alta de uma ou mais fraturas ósseas, entre janeiro de 1996 a junho de 2013.Resultados: Oitenta recém-nascidos apresentaram uma ou mais fraturas ósseas. Em 76 (95%) recém-nascidos, as fraturas foram atribuídas a traumatismo do parto. A fratura mais comum foi da clavícula em 60 (79%) recém-nascidos, seguida da fratura craniana em 6 (8%) recém-nascidos. Em dois (2,5%) recém-nascidos, prematuros de extremo baixo peso, as fraturas foram interpretadas como decorrentes de osteopenia da prematuridade. Ambos apresentaram fraturas múltiplas, um dos quais de várias costelas.Conclusão: Uma mudança das práticas obstétricas, aliada à melhoria dos cuidados prestados ao recém-nascido prematuro contribuíram para a diminuição da incidência de fraturas ósseas no período neonatal. Contudo nos recém-nascidos prematuros o seu diagnóstico pode estar subestimado, dado o elevado risco de desenvolvimento de fratura que estes recém-nascidos apresentam.

MeSH terms

  • Female
  • Fractures, Bone / epidemiology*
  • Humans
  • Incidence
  • Infant, Newborn
  • Intensive Care Units, Neonatal
  • Male
  • Retrospective Studies